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Estudar a planta de um hospital é estritamente necessário para a montagem do mapa de movimentação de pacientes e profissionais colaboradores. Como o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara (HMDECG) de Maricá, será especializado no tratamento de pacientes com Covid-19, todo o fluxograma de entrada, saída e movimentação foi feito especificamente levando em conta a responsabilidade de proteger os profissionais envolvidos da contaminação pelo novo Corona Vírus.
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foto Vinícius Manhães)
No chão, pelos corredores do hospital onde passarão pacientes infectados, é possível ver faixas azuis que demarcam as áreas de trânsito de Covid-19. Já pacientes que derem entrada com trauma, vão ser deslocados apenas pelos corredores com faixas amarelas no chão. É bom lembrar que o Che é especializado em Covid-19, porém se houver a necessidade urgente por conta de um acidente na porta do hospital, que fica no Km 23 da Rodovia RJ-106, o paciente será recebido em uma entrada separada, estabilizado e transferido para o Hospital Municipal Conde Modesto Legal, no Centro de Maricá.
O fluxograma foi criado pela enfermeira especialista em controle de infecção, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar pelo Centro Especializado em Políticas Públicas (CEPP – Organização Social responsável pela gestão do hospital) Karina Lima e pela enfermeira docente Vivian Linhares, com a supervisão da enfermeira Suzane Menezes, da equipe de implantação. Os fluxogramas de atendimento para os casos Covid-19 desenhados na planta do hospital são de Laboratório, do Serviço de Nutrição e Dietética, da Farmácia, da Rouparia, dos Resíduos e do Morgue (saída de cadáver).
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Faixas amarela e azul no Che Guevara (foto Evelen Gouvêa)
“Gosto muito de fazer esse trabalho inicial e emergente, de preparar os lugares para receber esse projeto de atendimento à Covid-19. Estamos fazendo essa implantação desde a terceira semana de abril. Desde essa data, me mantenho longe da minha família. Optei por ficar isolada em casa, já que meu filho tem asma e meus pais são idosos. Ver todo o trabalho sendo construído é absurdamente gratificante”, ressalta Karina, mãe do Felipe, de 14 anos.
A técnica de enfermagem Vera Lúcia de Oliveira da Silva, de 49 anos, é moradora de Maricá e contou que seu celular não para nos últimos dias, desde que soube que iria trabalhar no Che. São familiares e amigos ligando e mandando mensagens com o intuito de parabenizá-la.
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Enfermeira Vera Lúcia de Oliveira (foto Ana Paula Soares)
“A expectativa em cima do Che é enorme. Ele chega em um momento crucial para a população. Estão todos em êxtase. E eu muito feliz e orgulhosa por trabalhar aqui”, comemora a enfermeira técnica.
Em relação ao fluxograma de movimentação do hospital, Vera diz que é de extrema importância esse desenho e orientação, ponto alto da gestão da unidade de saúde e uma prova de que estão começando já preparados.
“Trabalho em outros hospitais particulares e públicos e eles estão agindo de forma improvisada, porque não estavam preparados para a Covid-19. Todos têm CTIs normais, não especializadas para receber doentes como o novo Corona Vírus. São todos de portas abertas, então os doentes acabam se misturando e aumentando a chance de contaminação. Aqui no Che é diferente: já existe a identificação das alas e isso impede o trânsito de pessoas de outras alas”, explica Vera.
Segundo a Prefeitura de Maricá todos os profissionais estão recebendo os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIS) necessários e adequados às suas áreas de atuação no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara (HMDECG).
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