O que fazia em campo, driblar com facilidade os adversários, Romário não conseguiu fazer o mesmo com a justiça eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou, nesta terça-feira (24), que um senador na primeira metade do mandato, que tem oito anos, não pode se candidatar para o mesmo cargo. A resposta da corte foi dada a uma consulta feita pelo senador Romário (Podemos-RJ). O ex-craque do futebol brasileiro foi eleito para o cargo em 2014. O mandato dele começou em 2015 e termina só em 2023. Romário queria deixar a cadeira no Senado neste ano, para seu suplente completar o mandato. A intenção dele era saber se, eventualmente, poderia voltar a concorrer ao mesmo mandato nas eleições deste ano. Se o plano desse certo, ele ficaria por 12 anos seguidos no Senado.
O relator da consulta, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a hipótese era legalmente inviável. Ele disse que, se o TSE desse o aval a Romário, seria uma forma de fraudar a vontade popular e também de impedir a renovação da composição do Senado. Há eleições para o Senado a cada quatro anos, sendo que alguns mandatos terminam em um quadriênio e outros, no seguinte. Todos os outros ministros do tribunal concordaram com o relator.
O senador Romário Farias já anunciou que é pré-candidato ao governo do Estado do Rio nas eleições de outubro.