Alguns integrantes do PMDB aprovaram nesta terça-feira (19), numa convenção nacional extraordinária, que contou com a presença do presidente Michel Temer, a troca do nome da legenda, com a retirada da letra “P” que significa partido. Agora volta ao nome original MDB – Movimento Democrático Brasileiro - dos tempos áureos de Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela, protagonistas da luta pela redemocratização do país na década de 80
A alegação é de que o PMDB está muito queimado na praça com a Operação Lava Jato. Também não é para menos, estão na cadeia figuras importantes do partido aqui no Rio, como deputado Jorge Picciani (presidente da ALERJ), deputado Edson Albertassi (que tinha sido indicado pelo governador para o TCE), Sérgio Cabral, ex-governador condenado a mais de 80 anos de prisão e que ainda responde a outros processos. Isso sem falar no ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, que está preso e demagogicamente expulso do partido, já que outros presos e condenados continuam filiados.
Um dos maiores defensores da troca de nome da agremiação foi o senador Romero Jucá, presidente nacional do partido que está sendo investigado, Michel Temer que será investigado após o término do mandato e o seu ex-ministro Geddel Vieira, preso por corrupção e dono de várias malas apreendidas pela Polícia Federal contendo cerca de R$ 51 milhões de corrupção.
Na campanha eleitoral a oposição ao PMDB ou MDB não terá dificuldades em mostrar ao eleitorado que tudo não passa de uma mudança tática de marketing, no meu entender furada. O povo vem acompanhando o noticiário diário mostrando o antro de corrupção que se instalou no país.
“O MDB seguirá no rumo da mudança que nos transformará novamente em um grande e novo movimento. Não é uma volta para o passado, mas um passo gigantesco para o futuro”, disse Jucá, em discurso aos colegas de partido.
A mudança de nome do partido vai ser comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o Judiciário entrará em recesso, a Justiça Eleitoral só deve oficializar a alteração em fevereiro.
E os parlamentares do PMDB/MDB que estão sendo investigados, também trocarão de nome para tentar enganar os eleitores em outubro de 2018?