Pimpolhos da Grande Rio em Maricá: um exemplo a ser seguido

Rio de Janeiro, 01/10/2025

Por Gilson Barcellos

Fotos: Agência GBNEWS

Em 2023 a Pimpolhos da Grande Rio brilhou no Carnaval da Sapucaí (foto rede social)

A ONG Pimpolhos da Acadêmicos da Grande Rio, escola de Duque de Caxias, segue com seu trabalho em Maricá com o objetivo de estender ações educacionais, principalmente com formação de mão de obra especializada para o carnaval. Alunos com idades que vão de 7 aos 70 anos, participam de cursos de percussão, mestre sala e porta bandeira, maquiagem, costura entre outros.

Josélia Araújo é produtora local onde os cursos são realizados por professores todas às segundas-feiras  a partir das 19h na quadra da Escola de Samba União de Maricá.

“O nosso objetivo é profissionalizar e trazer crianças e adultos para mais próximo do carnaval, com preparo de mão de obra. Desde 2023, num fato inédito de escola de samba, a Pimpolhos da Grande Rio vem desenvolvendo este trabalho em Maricá. Neste ano, na passarela Adélia Breve, Centro de Maricá, um fato inédito no mundo do samba, a Pimpolho efetuou um desfile com aproximadamente 400 componentes tendo desde a comissão de frente , baianas, alas inteiras, mestre sala e porta bandeira, maquiagem, carros alegóricos ,samba enredo, interprete e bateria todos alunos do projeto. Com certeza se disputasse o carnaval do município ficaria entre as três primeiras pela qualidade do apresentado".

No domingo de Carnaval de 2023, na Passarela do Samba, Centro do Rio, os pimpolhos com deficiência ou não, desfilaram com o enredo inspirado no livro do ex-BBB Rodrigo França, “O Pequeno Príncipe Preto”, desenvolvido pela carnavalesca Winnie Nicolau.

A Pimpolhos da Grande Rio além do núcleo no ginásio da União de Maricá, tem 70 alunos no condomínio Minha Casa Minha Vida no distrito de Inoã, e 50 alunos na Casa das Artes, em São José do Imbassaí. Todos participando dos cursos voltados para o carnaval.

Bateria

O mestre de bateria, Paulinho Esteves, não esconde a satisfação de estar à frente da Pimpolhos e da União de Maricá.

“Eu vejo esperança, energia, batucadas em todas as idades passando a energia do samba que não tem fronteiras”, disse Paulinho acrescentando que em 2026 a bateria da União de Maricá levará para a avenida uma grande surpresa que nenhuma bateria fez arte agora”.

Nascido no berço do samba, no Morro de São Carlos, o mestre Paulinho começou como ritmista da escola de Maricá há 10 anos, sendo que nos últimos cinco anos, está à frente da bateria.