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Procon entra com notícia-crime contra Embelleze

Instituição que mantinha curso na cidade fechou

às portas sem concluir profissionalização dos alunos

Órgão de defesa do consumidor tentou diversas vezes contatar

empresa para resolver problema, mas não houve resposta

fotos Procon/Petrópolis

O Procon Petrópolis ingressou com uma notícia-crime contra os responsáveis pela Embelleze. A empresa, que oferecia cursos profissionalizantes em Petrópolis, fechou as portas no último mês deixando diversos clientes sem a formação contratada. O órgão de defesa do consumidor, após receber oito denúncias, tentou diversas vezes contatar a empresa para que a situação fosse resolvida, mas até agora não houve resposta por parte da filial do município e nem da matriz de São Paulo. A denúncia foi encaminhada nesta sexta-feira (18) à 105ª Delegacia de Polícia para instauração de inquérito e apuração do caso.

A expectativa em se especializar em cortes masculinos em uma empresa de renome foi por água abaixo quando a estudante Ana Cristina Fernandes, 18 anos, se deparou com o curso sendo desmontado quando chegou para assistir a aula no fim do mês passado. Sem aviso prévio, a jovem conta que cadeiras, mesas, acentos e até as logomarcas da Embeleze estavam sendo removidos e que a única atendente da recepção entregou apenas uma carta plastificada dizendo que a família deveria entrar em contato com um advogado. Na carta, havia informações como CNPJ e alguns contatos em que não é possível encontrar ninguém.

A avó da jovem, Ana Isabel Teixeira da Cunha, responsável pelo pagamento do curso, lembra que no início de abril, quando foi realizar o pagamento da mensalidade, um grupo da empresa continuava na porta do Edifício Copacabana, onde a empresa funcionava, chamando novos clientes para os cursos oferecidos pela empresa. "Fizemos o pagamento inicial de mais de R$ 1000 e fizemos três pagamentos de mais de R$ 200. A previsão era que o curso durasse nove meses, mas a minha neta teve pouquíssimas aulas desde que o curso iniciou e, na prática, não tem capacitação nenhuma porque houve mudança de professores, suspensão de aulas neste período, ou seja, tempo e dinheiro perdidos", lamenta.

A denúncia do órgão de defesa do consumidor toma como base o artigo 171 do Código Penal, por estelionato, que tem como punição reclusão de cinco anos e multa. No documento entregue à polícia, o órgão esclarece que ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto no local onde os cursos aconteciam, além disso, entrou em contato com o Instituto Embelleze – Matriz, em São Paulo, por meio de ligações e chegou a ser informado, em uma ocasião, que a empresa retornaria, mas isso não aconteceu.

O coordenador do Procon, Bernardo Sabrá, destaca que buscou de todas as formas entrar em contato com a empresa para que houvesse um acordo entre a mesma e os alunos que não concluíram seus cursos, mas não houve resposta da Embelleze que, sequer, dá uma previsão algum norte sobre uma possível solução para o caso.

Quem quiser denunciar pode contatar o Procon pela página do órgão no Facebook, o Procon Petrópolis; pelo site www.petropolis.rj.gov.br/procon. Há, ainda, o WhatsApp Denúncia, no número 98857-5837 ou os telefones 2246-8469 / 8470 / 8471 / 8472 / 8473 / 8474 / 8475 / 8476 e 8477. Atendimento presencial pode ser realizado na unidade do Centro, que fica na Rua Moreira da Fonseca, nº 33. A unidade de Itaipava localizada no Centro de Cidadania, que fica na Estrada União e Indústria, 11.860. Os telefones da unidade são: 2222-1418, 2222-7448 e 2222-7337.

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