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Síndicos de Charitas cobram inclusão no Projeto Orla e soluções para abandono da praia de Niterói

  • Foto do escritor: Gilson da Gama Barcellos
    Gilson da Gama Barcellos
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

Rio de Janeiro, 13/10/2025

Por Gilson Barcellos

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Insatisfeitos com a exclusão de Charitas — uma das praias mais movimentadas de Niterói — do Projeto Orla, síndicos e moradores se reuniram para cobrar respostas do prefeito Rodrigo Neves (PSD), por meio do secretário-executivo Felipe Peixoto (PSD). O grupo reivindica soluções para 14 demandas não atendidas pela Prefeitura nos últimos anos e questiona a ausência da praia nas discussões sobre a revitalização da orla marítima.

 

Com 20 quiosques e intensa movimentação esportiva, Charitas ficou fora do roteiro de audiências públicas do Projeto Orla e das ações do Dia Nacional de Limpeza das Praias. A insatisfação cresce às vésperas do Campeonato Estadual de Canoa Havaiana, que contará com mais de 500 atletas e será realizado nos dias 1º e 2 de novembro, na praia — reconhecida como o maior polo da modalidade no país e conhecida como “Maracanã do Va’a”.

 

Moradores também criticam o horário do estacionamento rotativo, que em Charitas começa a ser cobrado às 6h da manhã, enquanto nos bairros vizinhos a cobrança só se inicia às 10h. Segundo os remadores, a medida tem dificultado a prática esportiva e afastado frequentadores matinais.

 

Durante a reunião, a União de Síndicos de Charitas (USC) apresentou 16 reivindicações levadas à Prefeitura, com destaque para problemas de abandono da orla, mobilidade urbana, conservação, posturas e meio ambiente. Até o momento, apenas duas solicitações foram atendidas: a abertura de um retorno na Avenida Silvio Picanço e o plantio de espécies da Mata Atlântica no canteiro central.

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A Prefeitura fechou 4 das 5 ruas de acesso ao bairro, sem sinalização e fiscalização de trânsito


Nos últimos dias, a Prefeitura fechou quatro acessos ao miolo do bairro, com sinalização precária e sem a presença de agentes de trânsito. A medida provocou transtornos e aumentou as manobras irregulares (as chamadas “bandalhas”) em Charitas e São Francisco.

 

“Devido aos bloqueios, as bandalhas aumentaram assustadoramente. Não se vê agentes de trânsito por aqui”, lamentou Márcia Veloso, moradora do Condomínio Chácara, que reúne 256 unidades.

 

Os síndicos também denunciaram o abandono da orla, especialmente na área do gramado utilizada para atividades esportivas e de lazer. O espaço, ponto tradicional para apreciar o pôr do sol, carece de lixeiras, sinalização turística e manutenção, pois está afundando por falta de drenagem apropriada.

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O piso do gramado de Charitas, onde pousam os parapentes, está com afundamento em vários pontos


Próximo dali, o único pomar de Charitas, ao lado do quiosque 13, foi limpo recentemente, mas continua sem manejo adequado das espécies, sem placas de preservação e sem cercamento — o que permite a entrada de cavalos e banhistas, que montaram uma pequena churrasqueira de pedras no local.

 

“Caminhar pelo calçadão é uma aventura. Há buracos, ressaltos e amêndoas no chão que causam quedas”, relatou Arlete Monteiro, de 82 anos, remadora de canoa havaiana há 12 anos.

 

Participaram do encontro síndicos de dez condomínios, representando 675 famílias, além de moradores. Um novo encontro será marcado após a reunião com Felipe Peixoto, que se comprometeu a receber os representantes do bairro.

3 comentários


rosane ribeiro
rosane ribeiro
17 de out.

E lembrar que nem só de parapente e canoa havaiana, Charitas vive. A praia é muito procurada para banho de mar. Precisa haver espaço na areia para os banhistas.

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eduardmottas
15 de out.

Charitas é um lugar de tradição em Niterói, lugar que joguei muito futebol de areia, curtir o pôr do sol, como que a prefeitura não valoriza um lugar desse , cartão postal de Niterói, se liga sr Prefeito.

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Celia Regina Cabral Barbosa
Celia Regina Cabral Barbosa
15 de out.
Respondendo a

Li que Charitas é de domínio da União, não da PMN e por isso ñ fez parte do evento nem do Projeto Orla.

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