Prefeitura do Rio perde o comando da Passarela do Samba para o Governo do Estado
- Gilson da Gama Barcellos
- 30 de jun.
- 2 min de leitura
Rio de Janeiro, 30/6/2025
Por Redação GBNEWS

Comando do sambódromo da Sapucaí vai parar na justiça garante o prefeito do Rio
A Alerj derrubou, nesta segunda-feira (30), o veto do governador Cláudio Castro (PL), publicado em janeiro de 2024, ao Projeto de Lei 57/23, de autoria de Rodrigo Amorim (União), que devolvia a administração do Sambódromo para o Governo do Estado. A responsável atual pelo espaço é a Prefeitura do Rio e prefeito Eduardo Paes disse nas redes sociais que vai recorrer na justiça.
Por 38 votos a 19, os parlamentares anularam o decreto que dava à gestão municipal o domínio de todos os imóveis da Cidade Nova que antes eram de titularidade da antiga prefeitura do Distrito Federal ou do antigo Governo do Estado do Guanabara. No mérito do PL, Amorim afirmou que o Carnaval deve ser um patrimônio de todo estado e não apenas da capital. Ele ainda relembrou que das últimas quatro escolas campeãs do Grupo Especial, três são do interior: Grande Rio, de Duque de Caxias, em 2022; Viradouro, de Niterói, em 2024; e Beija-Flor, de Nilópolis, em 2025 – a exceção foi a Imperatriz Leopoldinense, em 2023.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou, nas redes sociais, que vai recorrer da decisão da Alerj na Justiça. Ele argumentou que o Governo do Estado tem outras demandas mais urgentes do que administrar o Carnaval e equipamentos culturais:
“Tinham é que passar o Imperator e o Teatro Municipal para a prefeitura, que é quem tem que cuidar dessas coisas. Com isso... poderiam dedicar mais tempo e ter foco na segurança, na melhora do (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) IDEB, na saúde pública, na manutenção das estradas vicinais, na ampliação do transporte sobre trilhos (expansão do metrô e SuperVia), em grandes investimentos em infraestrutura. Pobre Estado do Rio”.
Na mesma postagem, Paes relembrou o veto de Castro: “Em tempo: gostaria de destacar aqui que o governador Cláudio Castro vetou esse delírio. Ele sabe que tem coisas mais importantes para cuidar”.
A justificativa na época para o veto do governador ao PL alegava se tratar de uma inconstitucionalidade. Após a derrubada da Alerj nesta segunda, Castro ainda não se pronunciou oficialmente.
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