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Morreu Ziraldo, criador do Menino Maluquinho” e enterro será amanhã (07)

Rio de Janeiro, 06/4/2024

Por Gilson Barcellos

Fotos: internet

Corpo de Ziraldo será velado na ABI e enterrado no Cemitério São João Batista


Morreu agora a tarde, aos 91 anos, dormindo em sua casa na Zona Sul do Rio de Janeiro, o cartunista Ziraldo, consagrado como um dos maiores do segmento no Brasil. Ele deixa a esposa, Márcia Martins da Silva, e os três filhos, Daniela, Antônio e Fabrizia. Ziraldo teve um AVC faz um tempo, estava com a saúde frágil, estava bem fraquinho, disse Cecília, cunhada, casada com Zélio, irmão do cartunista.

 

Além de cartunista, Ziraldo era jornalista e tem em seu currículo passagens pelo Jornal do Brasil e pela revista O Cruzeiro. Em 1969, ele fundou junto a Jaguar, Tarso de Castro e Sérgio Cabral (pai) o jornal alternativo e semanal O Pasquim.

 

Em sua trajetória, seu maior fenômeno foi O Menino Maluquinho, que além do livro de origem publicado em 1980, rendeu inúmeros quadrinhos, animações e até mesmo produções de cinema.

O livro “O Menino Maluquinho” foi adaptado na televisão e no cinema. Para televisão, foi adaptado em 2006 pela TV Brasil, chamada Um Menino muito Maluquinho, que durou uma temporada com vinte e seis episódios sob a direção de Anna Muylaert e Cao Hamburger.

 

No cinema, foi adaptado três vezes, a primeira em Menino Maluquinho – O Filme em 1995 e uma sequência em 1998 dirigida por Fernando Meirelles, Menino Maluquinho 2 – A Aventura. A adaptação mais recente da série é Uma Professora Muito Maluquinha de 2010, estrelado por Paolla Oliveira.

 

Ziraldo Alves Pinto passou toda a infância em Caratinga. É irmão do também desenhista, cartunista, jornalista e escritor Zélio Alves Pinto e também de Ziralzi Alves Pinto. Estudou dois anos no Rio de Janeiro e voltou a Caratinga, tendo concluído o módulo científico (atual ensino médio). Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1957. Seu talento no desenho já se manifestava desde essa época, tendo publicado um desenho no jornal Folha de Minas com apenas 6 anos de idade.

 

Ziraldo começou a trabalhar no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista O Cruzeiro em 1957 e, posteriormente, no Jornal do Brasil.

 

Segundo Daniela, o corpo de Ziraldo será velado na manhã deste domingo (07) na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, e enterrado às 16h30 no Cemitério São João Batista, na Zona Sul carioca.

 

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