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Morre de câncer Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj

Rio de Janeiro, 14/5/2021

Por Redação GBNEWS


Morreu nesta sexta-feira (14) o ex-deputado estadual Jorge Picciani, de 66 anos. Ele estava internado no Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or, em São Paulo, onde fazia um tratamento de câncer.

O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), já ofereceu a Casa para o velório.


Em 1990, Jorge Picciani conquistou o primeiro de seus seis mandatos como deputado estadual. Passou por todos os cargos importantes do Legislativo, até se eleger, por quatro mandatos consecutivos, presidente da Alerj (2003-2010). Em 2015, após ficar quatro anos afastado, voltou a ocupar o cargo.


Em 2010, Picciani disputou uma cadeira do Senado. Obteve 3.048.034 de votos e, por uma pequena diferença do segundo colocado (0,8%), não atingiu seu objetivo. Entre 2011 e 2014, se dedicou à vida empresarial e presidiu o PMDB-RJ.


Candidato nas eleições de 2014 a deputado estadual, Picciani recebeu 76.590. Foi a nona maior votação no Estado do Rio e a terceira do PMDB-RJ. De volta à Alerj, reassumiu a presidência em 2015, com 65 dos 70 votos dos deputados estaduais.


Nos primeiros 20 anos como deputado, ele só se afastou uma vez do Legislativo: em 1993, foi convidado pelo então governador Leonel Brizola para assumir a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer e a presidência da Suderj.


Formado em contabilidade pela UERJ e em estatística pela Escola Nacional de Estatística, Jorge Picciani nasceu no dia 25 de março de 1955 e era pecuarista há 30 anos. O grupo Monte Verde, que ele presidia, é uma referência na área de reprodução assistida de gado Nelore e GIR leiteiro no Brasil.


Picciani era casado com Hortência Oliveira Picciani e tinha quatro filhos: o deputado federal Leonardo Picciani; o deputado estadual Rafael Picciani; o zootecnista Felipe, que presidiu a Associação Nacional de Criadores de Nelore e cuida dos negócios da família; e o caçula Arthur.


Prisões

Picciani foi alvo de duas grandes operações contra a corrupção na Alerj. Em novembro de 2017, a Operação Cadeia Velha prendeu o então presidente da Casa, além dos deputados Paulo Mello e Edson Albertassi.


Segundo as investigações, os deputados usavam da sua influência para aprovar projetos na Alerj para favorecer as empresas de ônibus e também as empreiteiras.


Um ano depois, já em prisão domiciliar, Picciani e outros nove parlamentares foram alvo da Furna da Onça, sobre o recebimento de propinas mensais de até R$ 100 mil e de cargos para votar de acordo com o interesse do governo.

O esquema teria movimentado pelo menos R$ 54 milhões, segundo a PF.


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