Rio de Janeiro, 23/9/2023
Por Redação GBNEWS
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Gê Viana - Radiola de promessa, da Série Atualizações Traumáticas de Debret, 2022 - colagem digital
O Museu de Arte do Rio (MAR) lança a sua nova exposição “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade” no dia 29 de setembro. A principal mostra do ano do MAR perpassa os contextos do funk carioca através da história. Apresentada pelo Instituto Cultural Vale, com curadoria da Equipe MAR junto a Taísa Machado e Dom Filó, a mostra conta também com a colaboração de consultores, como Deize Tigrona, Celly IDD, Tamiris Coutinho, Glau Tavares, Sir Dema, GG Albuquerque, Marcelo B Groove, Leo Moraes, Zulu TR.
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Gabriel Labarba - Prosperar e resistir, 2020 – acrílica sobre MDF
A temática da exposição apresenta e articula a história do funk, para além da sua sonoridade, também evidenciando a matriz cultural urbana, periférica, a sua dimensão coreográfica, as suas comunidades, os seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos ao imaginário que em torno dele foi constituído. “Funk é um tema coletivo. Durante muitos momentos no MAR, fomos instigados a fazer uma exposição sobre o funk carioca. A exposição conta com duas salas. A primeira sala é sobre o soul, esse movimento de músicas importadas dos anos 70 e 80, que ganhou repercussão no Brasil e, é claro, influenciou o consumo também de roupas, sapatos, cabelos...a estética que vira consumo. Tem ali, ainda, a presença de pessoas que tinham acesso a equipamentos, compravam discos importados e começavam a fazer grandes equipes de som para tocar nas festas. Eram essas festas, feitas em clubes de bairros, que precederam o funk de hoje. Já a segunda sala é toda dedicada ao baile de favela, que hoje constitui, talvez, uma das maiores forças de produção artística carioca e nacional. A gente mergulha nisso, na história dos bailes constituídos por lonas, instalados em vários lugares, mas sempre dentro das comunidades”, antecipa Marcelo Campos, Curador Chefe do MAR.
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Hebert - Vivo de janeiro a janeiro, não só em dezembro, 2021 – arte digital
A abordagem se estende, ainda, à presença do funk nas mais variadas dimensões e práticas culturais, com especial atenção ao campo das artes visuais contemporâneas, para as quais o funk foi uma referência de visualidade, de resistência política, de alteridade e de forma. Objetos próprios da história do estilo musical serão combinados a uma profusão audiovisual de sons, vozes e gestos, bem como atravessados por uma iconografia relacionada ao funk, de modo a convidar o público da cidade a experimentar sua história como uma das mais potentes formas de imaginar e singularizar o Rio de Janeiro.
Para o MAR, essa é uma exposição carregada de significados que dialogam com a história da cidade do Rio de Janeiro. “Trazer o funk para dentro do Museu de Arte do Rio é reconhecer que ele já ganhou o mundo ao ter se internacionalizado como estilo musical que dialoga com muitas vozes e representa nossa cultura diversa, inquieta, ousada e livre. Este é o nosso objetivo: proporcionar ao público um encontro com a dimensão desse tão significativo movimento da cultura carioca e brasileira”, afirma Leonardo Barchini, Diretor e Chefe da Representação da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) no Brasil, instituição que faz a gestão do MAR.
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Bruno Lyfe – Tá ok, 2023 – acrílica e óleo sobre tela
A exposição é dividida em 11 núcleos e conta com mais de 900 itens. Entre os mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros que participam da exposição, estão Herbert, Vincent Rosenblatt, Blecaute, Gê Vianna, Manuela Navas, Maxwell Alexandre, Fotogracria, Emerson Rocha, Panmela Castro, Bruno Lyfe, entre outros. O público poderá interagir com algumas instalações, ouvir músicas, dançar e ler textos que contam a história do ritmo musical pelas duas salas do pavilhão de exposições. A expografia é assinada pelo Estúdio Gru.a.
Serviço:
EXPOSIÇÃO: “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) Praça Mauá, 5 - Centro, Rio de Janeiro
Abertura: sexta-feira, 29 de setembro – 18h
Encerramento: julho de 2024
Entrada para a abertura: gratuita
Visitação: de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)
Programação de abertura / retirada de ingressos via Sympla (sujeito a lotação):
18h- Início do evento e abertura da exposição.
18h30- Falas institucionais
18h50- Apresentação de dança do Afrofunk Rio
19h10- DJ Jonathan da Provi
20h- Mc Cacau canta Mc Marcinho
20h40- Trilogia Santo Amaro
22h- Encerramento
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