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Jornalismo de Maricá de luto: infarto fulminante mata Adalmir Ferreira

  • Foto do escritor: Gilson da Gama Barcellos
    Gilson da Gama Barcellos
  • 1 de out.
  • 2 min de leitura

Rio de Janeiro, 01/10/2025

Por Gilson Barcellos

Fotos: arquivo

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O corpo do jornalista Adalmir Ferreira foi sepultado na tarde desta quarta-feira (01/10) no Cemitério Municipal de Maricá. Ele deixa viúva, filhos e netos.

 

Adalmir morreu aos 64 anos na noite desta terça-feira (30/9), em casa, vítima de infarto fulminante, enquanto atualizava o site do jornal digital Nova Edição, de sua propriedade.

 

Nos anos de 1980, Adalmir começou a atuar em Maricá na área de comunicação. Fez fotografia e juntamente com o amigo jornalista Paulo Celestino, participou da criação da RCM, primeira rádio comunitária da região.

 

Minha história com Adalmir começou em 1981, num encontro inusitado. Eu o contratei como eletricista para realizar um serviço na casa da cantora Maysa Monjardim, no bairro do Cordeirinho. Dali nasceu uma amizade verdadeira e uma parceria que atravessaria décadas. Incentivado por Jayme Monjardim, fiz um curso de fotografia, gostei tanto que chamei Adalmir para embarcar comigo nessa jornada, contou Paulo Celestino.

 

Da fotografia partimos para o rádio. Fomos juntos para a Rádio Somari, o “Som da Praça” de Maricá. Anos depois, vivemos um marco na comunicação local: a criação da RCM, a primeira rádio comunitária da região. Vivemos tempos inesquecíveis. Todas as manhãs, Adalmir e colegas saíam às ruas para cobrir o dia a dia da cidade. Eu ficava no estúdio e, certa vez, o telefone tocou: era Adalmir, ao vivo, noticiando um assalto a banco no Centro.

 

Segundo Paulo Celestino (diretor do Jornal Gazeta Fluminense), Adalmir era um repórter, um dos pilares da comunicação maricaense. “Uma alma generosa que nunca se curvou ao medo quando se tratava de informar”.

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 Adalmire quando atuava no jornalismo da Rádio Cultural


Depois, Adalmir Ferreira passou a editar o jornal impresso Nova Edição que circulava pela cidade gratuitamente. Com a chegada das redes sociais, o comunicador criou o jornal digital Nova Edição que está no ar.

 

O grande sonho do jornalista era a TV Nova Edição com um canal no YouTube. Foi embora, mas deixou o seu sonho pronto para ir ao ar com entrevistas, filmes, esportes etc. O lançamento estava previsto para o próximo dia 15. Familiares e integrantes da equipe garantiram que o portal e a tv prosseguirão com suas atividades.

 

Durante toda a sua carreira, sempre recebeu tapinhas nas costas e pedidos de empresários e políticos para divulgação de algumas notícias de interesse deles. Nunca falou não. No velório e sepultamento, jornalistas amigos presentes estranharam a ausência e manifestação de integrantes dos poderes legislativo e executivo de Maricá.

 

A Associação de Imprensa de Maricá (AIM) e a Associação de Diretores de Jornais do Interior do Estado do Rio de Janeiro (Adjori) prestaram as últimas homenagens ao seu associado.

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