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Eduardo Cunha pensa em ser deputado federal por São Paulo e a filha Danielle pelo Rio

Rio de Janeiro, 28/9/2021

Por Redação GBNEWS

Foto: Internet

Pai e filha de olho na Câmara Federal nas eleições de 2022


(Agenda do Poder) - Libertado por causa da pandemia, depois de cumprir quatro anos de prisão, o ex-deputado Eduardo Cunha, protagonista do golpe que destituiu o governo em 2016, voltou a circular por Brasília e a fazer contatos políticos visando à eleição do ano que vem, quando deverá transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo, onde concorrerá a deputado federal, para não prejudicar a candidatura de sua filha, Danielle, também à Câmara dos Deputados, pelo Rio de Janeiro.


Segundo o colunista Guilherme Amado, do site Metropoles, muita gente tem se encontrado, almoçado e jantado com Eduardo Cunha em Brasília. Um dos comensais na semana passada foi Admar Gonzaga, advogado de Jair Bolsonaro (sem partido). A aproximação com o clã presidencial é vital para Cunha, que mira as eleições do próximo ano e sobre as quais já tem uma previsão: Bolsonaro será reeleito.


Os cenários dos encontros são dos mais refinados, como o B Hotel, a três quilômetros do Congresso. Cunha faz reuniões no amplo lobby do hotel. Se é visto, não é por acidente.


Encontrou aliados também em restaurantes requintados, como o Manuelzinho e o Bloco C, na Asa Sul. A esses interlocutores, Cunha vem detalhando seus planos. O maior deles é eleger sua filha Danielle.


Cunha tem dito ainda que trabalha duro para se livrar completamente dos processos da Lava Jato. “Desde o começo, Eduardo conhece melhor os processos contra ele do que seus advogados”, disse um aliado. Foi condenado a 15 anos de prisão, e cumpriu quatro. Em 2020, foi para casa por causa da pandemia e, em maio de 2021, teve a prisão revogada.


Se conseguir limpar a ficha a tempo, sua campanha por São Paulo terá um só norte: o antipetismo. Eduardo também vem afirmando que tem conversado com Arthur Lira. A ligação é antiga. O atual presidente da Câmara foi um dos dez deputados que votaram contra a cassação dele, em 2016. Outros 450 sacramentaram a perda de seu mandato. Eleito com o apoio explícito de Bolsonaro, Lira agora é mais uma ponte pavimentada entre Cunha e o governo do capitão.


Um deputado próximo do ex-presidente da Câmara lembrou que Cunha e Bolsonaro tinham uma boa relação quando ambos eram deputados pelo Rio de Janeiro. À frente do MDB, então maior partido da Casa, e com trânsito na bancada evangélica, Cunha não criou dificuldades para o sempre enrolado Bolsonaro nos processos que enfrentava no Conselho de Ética da Câmara por declarações contra as mulheres ou a democracia.


Entre as fontes ouvidas pela coluna para esta reportagem, apenas uma concordou em ter o nome citado: o deputado João Carlos Bacelar, do PL da Bahia. A exemplo de Lira, votou publicamente a favor de Cunha até o fim.


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