Alerj decide soltar Rodrigo Bacellar preso na PF
- Gilson da Gama Barcellos

- 8 de dez.
- 2 min de leitura
Rio de Janeiro, 08/12/2025
Por Gilson Barcellos
Foto: Thiago Lontra/Alerj

Deputado Guilherme Delaroli presidiu a sessão que votou a favor da soltura de Rodrigo Bacellar
Na tarde desta segunda-feira (08), a Alerj aprovou a resolução que solta o presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), preso na semana passada na sede da Polícia Federal, Zona Portuária do Rio. Bacellar é suspeito de vazar dados sobre uma operação dos agentes contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos, o TH Jóias. A votação foi aberta com 65 deputados estaduais, quatro ausências e uma abstenção. No final, 42 votos a favor da libertação de Bacellar e 21 contra.
No início da manhã de hoje, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidiu pela soltura de Bacellar por 4 votos a 3 e levou o caso para a votação em plenário.
No início da sessão quatro ausências foram notadas: Felipe Soares (União Brasil), Vinicius Cozzolino (União Brasil), Cláudio Caiado (PSD) e Dionísio Lins (PP).
Antes da interrupção, chamou atenção a forma como votou a deputada Carla Machado (PT). A ex-prefeita de São João da Barra votou sim, ou seja, a favor do projeto de resolução que solta Bacellar. O voto contraria a recomendação do partido, que decidiu votar pela manutenção da prisão.
Outro que chamou a atenção pelo voto foi o deputado Douglas Gomes (PL) que votou, não, pela manutenção da prisão. O PSD de Eduardo Paes rachou com votos a favor e contra a soltura de Bacellar. No fim das contas, o PL teve três deputados que votaram contra a soltura de Bacellar, além de uma ausência.
O deputado Guilherme Dellarori, que preside interinamente a Casa também votou sim, pela liberação de Bacellar.
Prisão de Bacellar
Rodrigo Bacellar foi preso na última quarta-feira, pela Polícia Federal, acusado de obstrução à investigação, pela suspeita de vazar dados sobre a operação dos agentes contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias. O presidente da Alerj, segundo relatório da PF, teria avisado o colega parlamentar sobre a prisão, com instruções para se livrar de evidências, como apagar dados do celular.
TH Jóias responde a processos por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, além de ser suspeito de intermediar negociações de armas com o Comando Vermelho (CV). A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), onde corre o caso.


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