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Servidores do IPEM/RJ paralisam suas atividades


Os servidores do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio (Ipem/RJ) fazem na manhã desta quarta-feira (dia 11), uma paralisação dos serviços por melhores condições de trabalho. Segundo o sindicato da categoria, o Sindipem/RJ, os motivos são o congelamento do reajuste dos salários desde 2014 e a redução de 40% do repasse do governo federal, feito por meio do Inmetro. O Ipem/RJ é uma autarquia estadual, mas o orçamento é ligado à União

De acordo com o sindicato, os servidores decidiram realizar o ato em assembleia da categoria, realizada no dia 13 de novembro. O Sindipem/RJ tentou negociar a proposta com a presidência do Instituto, mas não teve posicionamento.

"Com isso, os serviços prestados pelos servidores do Instituto à sociedade fluminense ficará sem o atendimento quanto à metrologia legal. Isso quer dizer que a aferição dos instrumentos como balanças, bombas de combustível, medidores de gás e de energia elétrica e taxímetros não serão realizados", afirmou a nota do sindicato.

Faltam R$ 5,4 milhões para fechar o ano

Segundo o presidente do Ipem/RJ, Alexandre Valle, o governo federal, por meio do Inmetro, precisa repassar R$ 5,4 milhões para o Instituto conseguir honrar as suas despesas do ano. Assim como os outros órgãos federais, o Inmetro também sofreu contigenciamento em seu orçamento.

— Nós temos um convênio assinado no anos passado no qual o governo federal nos passaria R$ 3,5 milhões por mês, então, todo o planejamento foi feito em cima disso, mas em junho teve um contingenciamento e o repasse diminuiu para R$ 2,8 milhões por mês, e ainda não recebemos esse valor, estão faltando R$ 5,4 milhões para fechar as contas do ano. A nossa arrecadação desse ano foi de R$ 50,9 milhões, o Inmetro teria que me repassar pelo convênio R$ 33,6 milhões para 2019, mas até hoje entrou R$ 28,2 milhões. Então, eu não posso assumir o compromisso com os servidores sem saber se vou conseguir pagar a folha no mês que vem.

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Valle também explicou que Inmetro é superavitário, mas por conta do convênio, o governo federal fica com mais de 50% dos valores dos tributos arrecadados pelos Institutos de Pesos e Medidas estaduais.

— Em outubro, arrecadei R$ 4,8 milhões, mas isso vai para a Brasília e volta dentro do contrato. Se a minha arrecadação ficasse comigo, estava tudo bem, mas faz parte do convêncio mandar o dinheiro. O Inmetro não me manda nem 50% do que eu arrecado. Se o governo não colocar o dinheiro, não tem recurso.

Estado do Rio pode ajudar em 2020

O governo federal mandou para o Congresso o orçamento para o Inmetro 40% inferior ao de 2019. O presidente do Ipem/RJ estima que terá cerca de R$ 2,056 milhões por mês, valor insuficiente para arcar com as despesas da autarquia. O governo estadual pretende ajudar o Instituto, prevendo cerca de R$ 13 milhões para 2020 no OPrçamento do estado.

— Se o Congresso Federal mantiver a proposta original, eu não tenho como tocar o caixa com R$ 2,056 milhões por mês. Pela primeira vez o governo estadual autorizou que o Ipem faça parte do orçamento estadual, isso significa a entrada de R$ 13 milhões, que será destinada uma parte para custeio e outra parte em investimento.

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