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Corrida eleitoral para prefeituras no Estado do Rio em 2020

2020 está aí. Ano que vem estaremos retornando às urnas para votar nos vereadores e prefeitos. No Rio de Janeiro a corrida eleitoral começou e fica a expectativa da grande surpresa que foi o PSL de 2019 que elegeu o presidente da república (que era deputado federal pelo RJ), empurrou a candidatura de Wilson Witzel (PSC) ao governo do estado e aumentou sua representatividade partidária na Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Tudo vai depender de como andará até lá o governo de Jair Bolsonaro. Muita coisa pode acontecer, porque a Polícia Federal está de olho em políticos e empresários, que de repente podem ser acordados às 6 horas com mandados de prisão

O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) articula para a sua mulher Rosinha, mesmo inelegível até 2024, se candidatar a prefeita de Campos dos Goytacazes, cidade que ambos governaram por vários mandatos. Garotinho com essa decisão ignora, mais uma vez, as pretensões políticas do filho Wladimir Garotinho (PRP), que se elegeu deputado federal com 38.398 votos sendo que 30.795 foram conquistados em Campos.

O paraibano petista Lindbergh Farias que não conseguiu se reeleger senador no Rio de Janeiro, pode se candidatar a prefeito de João Pessoa. Segundo o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macedo, a sigla nacional está em contato com Lindbergh para convencê-lo a trocar o domicílio eleitoral. O "lindinho" sabe que suas possíveis pretensões de conquistar uma prefeitura são reduzidas. No máximo seria vereador, o que é muito pouco para quem já foi deputado federal, senador e prefeito de Nova Iguaçu.

Em Maricá, último reduto do PT no Estado do Rio, o processo eleitoral deverá ser dos mais quentes. O principal vereador de oposição ao prefeito Fabiano Horta (PT), que tentará a reeleição, é Fillipe Poubel (PSL), que se elegeu deputado estadual com 27.832 votos sendo 12.089 somente em Maricá. Tem como padrinho político o deputado federal em fim de mandato, Marcelo Delaroli (PR), adversário número 1 do PT maricaense e integrante do gabinete do presidente Jair Bolsonaro que num vídeo postado na internet, disse que iria acabar com o PT em Maricá. A hipótese de Marcelo Delaroli (que mora com a família na cidade) disputar a prefeitura maricaense não está afastada, assim como Poubel tentar na sua cidade natal, a sucessão do prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci (PPS).

No Rio de Janeiro, onde o prefeito Marcelo Crivella (PRB) vem fazendo uma péssima administração, nenhum nome novo. Índio da Costa (PSD) que perdeu a disputa para o governo do Estado, pode mais uma vez tentar o comando da Cidade Maravilhosa. Mais uma vez, Otávio Leite (PSDB), que não se reelegeu deputado federal, pode entrar na disputa. Hoje ele tem uma boa vitrine, é secretário de estado de Turismo. Faltam nomes fortes no Rio, porque alguns que poderiam tentar a prefeitura estão presos, suspeitos de participação em corrupção.

Em Niterói, com a prisão do prefeito Rodrigo Neves (PDT), acusado também de corrupção, o vereador eleito deputado federal Carlos Jordy (PSL) aparece como destaque. Ele chega em Brasília com a força dos 204.048 votos conquistados em outubro de 2018, sendo que 31.435 são de Niterói. Pode disputar também o deputado estadual Comte Bittencourt (PPS), que fica sem mandato porque disputou a última eleição como vice na chapa de Eduardo Paes (DEM), derrotado na sucessão do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), também preso acusado de corrupção.

Vamos aguardar. Como a Operação Lava Jato está varrendo da sociedade políticos e empresários corruptos, muita coisa no processo eleitoral do Estado do Rio de Janeiro pode mudar.

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