Rio de Janeiro, 10/01/2023
Por Redação GBNEWS
Em dezembro, o preço da cesta básica, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cresceu menos na capital do Rio de Janeiro (+0,5%) que na média nacional (+1,3%). Um alívio para o bolso dos cidadãos cariocas. No Brasil, foram verificados aumentos de preços em 14 das 17 capitais pesquisadas.
O preço mais alto da cesta básica foi observado em São Paulo, chegando a R$ 791,29. Em seguida, Florianópolis registrou o valor de R$769,19, e Porto Alegre, R$ 765,63. O Rio de Janeiro continuou sendo a capital com o quarto maior preço do país, com R$ 752,74, acima (11,5%), da média brasileira, de R$ 675,10.
Em 2022, a inflação da cesta básica no Rio de Janeiro (+13%) ficou ligeiramente acima da média nacional (+12,6%). Essas variações, por sua vez, foram mais que o dobro da inflação oficial do país (5,79%), medida pelo IPCA, o que significa que em 2022 a inflação de alimentos impactou sobremaneira a parcela mais carente da população brasileira, reduzindo substancialmente seu poder de compra. Os aumentos de preços, em geral acima da média da inflação, obrigaram as famílias brasileiras, por mais um ano, a substituir alimentos habitualmente consumidos por outros mais baratos ou similares.
“Foi um ano difícil para o setor. Os preços dos produtos foram impactados por fatores como, por exemplo, a guerra da Ucrânia e questões de safra. Mas especificamente no Rio de Janeiro, nos chama a atenção, positivamente, o preço da cesta básica fluminense não ter aumentado tanto como em outras regiões do país”, comenta o presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), Fábio Queiróz.
Itens mais atingidos pela inflação
No Brasil, o preço da cesta básica subiu em todas as capitais em 2022, com a maior variação tendo sido observada em Goiânia (+18,0%) e a menor em Recife (+6,1%). No conjunto de produtos básicos da alimentação dos brasileiros, entre os vilões da inflação em 2022 estão o café, a batata, o leite, a manteiga, o arroz, o trigo e, por consequência, o pão francês. Entre as justificativas para os aumentos, estão os reflexos dos confrontos entre Rússia e Ucrânia, e o clima desfavorável à produção nos campos em diversos países.
Isenção de ICMS
As vendas de arroz e feijão no estado do Rio estão isentas de cobrança de ICMS até o dia 31 de julho deste ano. O incentivo foi instituído pela Lei 9.391/21 e prorrogada através da lei 9.945/22, que trata de benefícios fiscais. Estabelecida em setembro de 2021, a isenção acabaria dia 31 de dezembro de 2022, se não tivesse sido prorrogada.
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