Rio de Janeiro, 07/03/2025
Por Gilson Barcellos

Lula e Paes juntos na mesma chapa em 2026 pode acontecer
O prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, está em Brasília para a reunião nacional do Partido dos Trabalhadores nesta sexta-feira (07). Ele aproveita para começar a negociação para que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) seja o vice na chapa de Lula nas eleições de 2026. Nessa articulação, o ex-prefeito de Maricá Fabiano Horta, que seria candidato do PT ao governo do estado do Rio poderá disputar uma cadeira do Senado.
Não é novidade para ninguém que Eduardo Paes sempre desejou ser candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro ou vice na chapa de Lula para quatro anos depois ser candidato à Presidência da República.
No MDB, nomes como os ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento), além do governador do Pará, Helder Barbalho, são apontados como possíveis candidatos à vice-presidência. Ainda assim, Quaquá defende que a presença de Eduardo Paes na chapa fortaleceria a candidatura de Lula e enfraqueceria a influência bolsonarista no Rio de Janeiro, considerado um dos principais redutos da direita no país.
“A gente isolaria o bolsonarismo no Rio, que é um estado central para a direita. Se a gente enfraquece o grupo de Jair Bolsonaro (PL) aqui, será uma vitória. Paes é um nome querido no Rio, ajuda, é jovem, agrega à chapa. Tem que fazer uma operação no PSD com o Kassab e, de quebra, traria o MDB”, afirmou Quaquá.
A estratégia também teria reflexos diretos na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. Se Paes aceitar a candidatura a vice-presidente, ele abrirá mão da disputa ao Palácio Guanabara, cargo para o qual é apontado como favorito, de acordo com uma pesquisa da Quaest divulgada no último dia 27. Sem Paes na corrida estadual, o atual vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), que assumirá o governo em 2026 com a saída de Cláudio Castro (PL), se tornaria o principal nome da base governista na disputa. Segundo Quaquá, o MDB poderia contar com apoio de Lula e do PT no Rio de Janeiro.
“Tenho conversado com todo mundo aqui no estado e em Brasília. Depois do Lula (caso reeleito), não há ninguém no mercado eleitoral para 2030. Esse alguém pode ser o Eduardo. Quem for vice do Lula terá uma importância enorme”, destacou o petista.
Nos bastidores, Quaquá também tem buscado interlocução com líderes do governo Cláudio Castro. Ele percebe uma certa receptividade às conversas e não descarta a possibilidade de o atual governador disputar o Senado em uma eventual chapa encabeçada por Pampolha, mas fora do PL. Nesse cenário, o PT indicaria um segundo candidato ao Senado, com nomes como o ex-prefeito de Maricá, Fabiano Horta, e a ex-governadora Benedita da Silva despontando entre os favoritos dentro do partido.
As articulações seguem em curso e devem ganhar ainda mais intensidade nos próximos meses, à medida que as lideranças partidárias começam a definir suas estratégias para a corrida eleitoral de 2026. (com informações de O Globo)
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