Rio de Janeiro, 07/7/2021
Por Hadassa Nunes

A Acordo Certo, plataforma de renegociação de dívidas com foco no bem-estar financeiro do consumidor, realizou uma pesquisa com mais de 1.100 respondentes para entender o comportamento de seus consumidores quando o assunto são finanças, olhando para questões como empréstimos, cartão de crédito, investimentos, impostos, dentre outros.
Um ponto central da pesquisa mostra que quando o assunto é cartão de crédito, metade dos consumidores (50%) já tiveram o produto mas não possuem mais - enquanto 38% possuem atualmente e 12% nunca o tiveram. Dentre os motivos pelos quais esses 62% não possuem cartão de crédito estão questões como: não conseguir acesso ao produto por causa de restrições no CPF (57%) ou a preocupação em não perder o controle das contas e acabar gastando mais do que pode (13%).
“A pesquisa mostra que mais 33% dos respondentes usam o cartão de crédito em todas as compras. Esse é um alerta para os consumidores, afinal, o que anteriormente era apenas uma dívida, com o cartão passam a ser duas ou três novas dívidas. Infelizmente, essa é uma tendência de endividamento devido ao impacto da pandemia. Neste momento, um controle financeiro de receitas e despesas é a parte mais importante para as famílias brasileiras”, explica Bruna Allemann, Educadora Financeira da Acordo Certo.
De um modo geral, a maioria dos consumidores já passou por alguma situação delicada com o uso do cartão de crédito. Dentre as que mais se destacam, estão questões como gastar mais do que devia (68%), parcelar a fatura do cartão (67%), estourar o limite (61%), pagar apenas o valor mínimo (58%), dentre outras.
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Empréstimo
Um outro ponto importante do levantamento aponta que metade dos entrevistados afirmaram que precisaram de empréstimo nos últimos 12 meses. Dentre eles, 44% conseguiram ajuda com algum conhecido e 33% negociaram o serviço com bancos.
"Na hora que um consumidor opta por um empréstimo, várias questões são levadas em consideração. Normalmente a dívida está atrelada ao cartão de crédito e às compras como pacotes de assinatura, streamings ou outros pedidos via aplicativos, que se intensificaram na pandemia. A pessoa não enxerga que aqueles débitos de R$ 10 ou R$ 20 se tornam uma conta fixa de R$ 300 no final do mês”, exemplifica Allemann.
Ainda de acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 consumidores afirmam que sabem exatamente quanto foi cobrado de juros no empréstimo. Ainda assim, o especialista reforça que é preferível buscar uma renda extra ou outro serviço. “Pegar o dinheiro com alguém ou, até mesmo, escolher uma instituição financeira, faz com que aquela dívida se estenda por um longo tempo, além de totalizar um valor muito acima do gasto inicial”, explica a educadora financeira.
Investimentos
Já quando o assunto é investimentos, poupança (97%), seguro de vida (96%) e consórcio (94%), possuem maior conhecimento por parte dos consumidores, enquanto LCI (37%) e LCA (34%) são os que possuem menor conhecimento. Além disso, a maioria (74%) afirma não guardar dinheiro, enquanto, dentre os que guardam (13%), mais da metade (58%) utilizam a conta poupança.
“Os resultados refletem como é difícil incorporar lições de educação financeira ao dia a dia do brasileiro. De forma macro, existe um pensamento muito enraizado de que produtos como cartão de crédito e cheque especial são uma extensão da renda, e isso leva as pessoas a não terem consciência de que estão gastando mais do ganham”, avalia o executivo.
Bancarizados e desbancarizados
Outro tópico da pesquisa era entender o público desbancarizado, que contempla 12% dos respondentes. Desses, 29% afirmam não possuírem conta por não verem necessidade, 23% não conseguem abrir conta com o próprio CPF, 20% utilizam a conta de outra pessoa e 18% afirmam que os bancos cobram muitas taxas.
Dos 88% que possuem conta em bancos, 40% possui apenas conta corrente, 25% apenas poupança e 35% possuem ambas as contas.
Apesar da maioria dos respondentes (85%) afirmarem ir às agências bancárias apenas quando necessário, mais de 30% dizem que se sentem mais seguros fazendo pagamentos em agências ou caixas eletrônicos. Ainda segundo a pesquisa, 71% realizam pagamentos online, enquanto 39% não sabem como realizá-los virtualmente.
Sobre a Acordo Certo
A Acordo Certo é uma fintech de soluções voltadas para o bem-estar financeiro dos consumidores, possibilitando a renegociação de dívidas de forma 100% online, com uma abordagem humana, acolhedora e empática. Fundada em 2013 e recentemente adquirida pela Boa Vista, possui mais de 30 empresas parceiras, entre elas varejistas, bancos, financeiras, empresas de telefonia e grupos educacionais, como Santander, Itaú, Claro entre outros. Conta com uma base com mais de 18 milhões de usuários cadastrados. Com um time de mais de 90 Acorders (apelido carinhoso dado aos colaboradores), a empresa já passou por programas de aceleração como Escale Up da Endeavor, Quintessa, boostLAB do BTG Pactual, além de conquistar o selo GovTech da Brazil LAB, certificação Great Place to Work de melhores lugares para se trabalhar e figurar nas listas de 50 Startups que Mudam o Brasil, publicada em 2021 pela Revista Exame, e 100 Startups to Watch de 2020.



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