Rio de Janeiro, 28/01/2022
Por Juliana Oliveira

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve o afastamento do deputado estadual Wanderson Alexandre, conhecido por Anderson Alexandre (SDD), por crime de responsabilidade e por liderar organização criminosa. O parlamentar nega as acusações e continua no mandato.
De acordo com a denúncia acolhida pela Vara de Combate ao Crime Organizado do TJRJ, enquanto ocupou o cargo de prefeito de Silva Jardim, entre os anos de 2013 e 2016, Anderson e outras sete pessoas se organizaram de modo estruturado para desviar recursos municipais em proveito próprio.
As investigações demonstraram que os oito denunciados, liderados pelo deputado estadual e aproveitando-se da sua qualidade de prefeito à época, utilizaram-se indevidamente de valores públicos, no valor preliminar de R$1.023.868,62, nomeando ao menos 54 “funcionários fantasmas” para ocuparem funções comissionadas na Prefeitura Municipal. O objetivo das nomeações era a manutenção do grupo político que os denunciados integravam na Administração Pública.
Além de receber a denúncia, tornando-os réus, a Vara de Combate ao Crime Organizado do TJRJ determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 1.023.868,62 (um milhão, vinte e três mil, oitocentos e sessenta e oito reais e sessenta e dois centavos) em desfavor de todos os envolvidos no esquema criminoso e os proibiu de acessar ou frequentar quaisquer repartições públicas do município de Silva Jardim, evitando que exerçam nova influência sobre as testemunhas.

Nota
Em nota ao GBNEWS, o deputado afirma que jamais praticou atos ilícitos, nunca foi condenado criminalmente em nenhuma instância e tem a convicção de que será feita justiça.
Anderson Alexandre (foto) permanece no exercício do mandato conferido pela Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) que, segundo a nota, uma vez que juiz de primeira instância não tem competência para examinar qualquer ação penal referente a deputado estadual.
Finalizando, Alexandre reitera que a denúncia é requentada, ressurge em todo ano eleitoral, na tentativa de difamar o deputado junto ao eleitorado. É mais uma tentativa de espetacularização e criminalização da política, contudo não vai prosperar, pois confia na justiça.

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