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Maricá tem semana em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Rio de Janeiro, 25/7/2021

Por Redação GBNEWS

A partir de amanhã (26) até quinta-feira (29) diversas atividades em Maricá serão promovidas em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Amareicana e Caribenha.


Estão programadas a marcação de exames ginecológicos, teste de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), até assistência jurídica com a OAB de Maricá e participação da Secretaria de Assistência Social junto a Casa da Mulher. A homenagem também está sendo realizada nas redes sociais da Prefeitura com post em feed e nos stories, além de outdoor e minidoor espalhados pelo município.


De acordo com a coordenadora de Políticas Públicas para Igualdade Racial, Valesca Souza, o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha é o momento para falar sobre negritude e quebrar certos estereótipos, ressaltando o papel dessas mulheres em todos os setores da sociedade.


“É de extrema necessidade fazer com que as pessoas tenham a sensibilidade para olhar os problemas e especificidades das mulheres negras nas quais ainda têm sua jornada de trabalho abusiva, com salários inferiores aos das outras mulheres e a falta de reconhecimento em quase todas as áreas profissionais. Vale ressaltar ainda que em tempos de pandemia, as mulheres pretas são as que mais sofrem violência doméstica, onde os agressores são os seus parceiros, aqueles que deveriam protegê-las com todas as forças. Combater todos esses problemas é nosso desafio diário, apesar dos pequenos avanços ainda temos muita estrada a percorrer”, explicou à coordenadora.


A advogada e presidente da comissão de Igualdade Racial e Verdade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção de Maricá, Márcia Braz, destacou que a mulher negra ainda é invisível para a sociedade, está na base da pirâmide, e ainda assim é chefe de família, e em muitos casos a única provedora. Além disso, ela ocupa os primeiros lugares do ranking da violência, seja física, moral ou fatal (feminicídio).


Márcia Braz lembrou que apesar das cotas raciais para concursos, universidades as mulheres, em especial as negras estão longe de ocuparem cargos de poder.

“Precisamos avançar ainda mais, inclusive no combate à violência. Que implica na conscientização no atendimento na saúde e no combate a masculinidade tóxica, que deve ser trabalhada dentro das escolas desde o ensino fundamental, para mudarmos essa mentalidade de normalização da violência contra mulheres”, concluiu.


História da data:

O Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha nasceu em 1992 através de um encontro de mulheres negras em Santo Domingos, na República Dominicana. O encontro resultou na definição da data e criação de uma rede para pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) a assumir a luta contra as opressões de raça e gênero.


Confira a programação completa:

26/07 – 10h às 16h - Residencial Carlos Marighella (condomínio do Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu)

27/07 – 10h às 16h - Residencial Carlos Alberto Soares de Freitas (condomínio do programa 'Minha Casa, Minha Vida' em Inoã)

28/07 – 10h às 16h - Escola Municipal Amanda Peña no bairro Bananal

29/07 – 10h às 16h - Praça Conselheiro Macedo Soares (Praça do Turismo) – Centro de Maricá


O evento é promovido pela Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e da Mulher e Coordenadorias de Políticas Públicas para Mulheres e Políticas Públicas para Igualdade Racial.


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