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Maricá: sem flamenguistas, Quaquá, Padilha e Horta falaram de futebol e samba na FLIM

Rio de Janeiro, 09/11/2024

Por Redação GBNEWS

Fotos: Gabriel Ferreira

Washington Quaquá, Alexandre Padilha, Fabiano Horta e Teresa Cristina


A arena de debates da 9ª Festa Literária Internacional de Maricá (Flim), realizada na orla do Parque Nanci, foi transformada num bate-papo informal sobre samba e futebol. Na sexta-feira (08), o prefeito Fabiano Horta (PT) recebeu Washington Quaquá (PT), deputado federal e prefeito eleito da cidade; Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais; e a cantora Teresa Cristina para uma resenha, mediada por Arlen Pereira, presidente do Maricá FC.

 

Antes da rodada de abertura, o prefeito eleito destacou os investimentos para o Maricá FC, campeão neste ano da segunda divisão do Campeonato Carioca e da Copa Rio. Com essas conquistas, a equipe disputará em 2025 a elite do Carioca e a quarta divisão do Campeonato Brasileiro. Quaquá anunciou a construção de um estádio em Ponta Negra para 20 mil pessoas, que será uma obra de Oscar Niemeyer, e a construção de um moderno centro de treinamento para o Maricá FC.

 

“Nos jogos de domingo, a TV Globo vai mostrar o estádio e aquela orla linda de Ponta Negra, fazendo propaganda de Maricá. Do ponto de vista da publicidade e da autoestima do maricaense isso não tem preço. A cultura e o esporte são instrumentos fundamentais da alma do povo e quando a gente resolveu fundar o Maricá FC e a União de Maricá queríamos valorizar a alma do povo”, declarou Quaquá, que é vascaíno. “Criamos a União de Maricá para valorizar a alma o povo maricaense. Vamos desfilar no próximo ano pela segunda vez na Sapucaí, maior palco do Carnaval mundial”, completou.

O botafoguense Fabiano Horta lembrou que a paixão nacional chamada futebol nasceu nos campos de várzea do Brasil, onde cada parte era disputada como “elemento construtor dessa arte e cultura”.

 

“Os campos de várzea, as ruas fechadas de paralelepípedo, a estada alegre das pessoas, tudo isso universalizou e democratizou esse esporte que tem uma raiz essencial de formação da cultura do povo brasileiro. A arte do futebol está presente em cada canto do nosso país e isso deu a ele essa dimensão de paixão nacional. O Maricá campeão tem a ver com um conjunto de valores que permeia o coração e a mente dos moradores, trazendo um sentimento de pertencimento que o futebol tem e que carrega um orgulho que fale com sentido de unidade, de construção comum para construir uma sociedade melhor”, destacou o prefeito.

 

Fabiano também ressaltou esse sentimento de pertencimento que tomou conta da cidade com um time de futebol e uma escola de samba entre os grandes do esporte e da cultura.

 

“A presença do Maricá entre os grandes do Rio no Carioca e também no Campeonato Brasileiro, a União a passos largos para o Grupo Especial da Sapucaí, tem a ver com o senso de cidade que apossou o pertencimento em um grande encontro coletivo. Estava na quarta-feira (06/11) no Estádio João Saldanha, quando o Maricá foi campeão da Copa Rio, e percebi a cidade antiga. Vi muita gente idosa quando eu ainda era guri com aquela força de pertencimento do clube que é da cidade”, enfatizou.

 

Padilha fez referência à democracia Corintiana criada na década de 1980, quando os jogadores do clube paulista liderados por Casagrande, Wladimir e Sócrates ganharam o direito de escolher, por voto, coisas como horário dos treinos e detalhes da concentração, decisões que tradicionalmente são tomadas por diretoria e comissão técnica, marcando a história do futebol brasileiro.

 

“Como corintiano falar de futebol e democracia é fácil. Estava lembrando de um grande formulador de política municipal no campo da esquerda democrática que foi o saudoso ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Ele dizia que o modo de governar tinha três vertentes: a participação popular, utilizar recursos em prol da população e a mais importante era a identidade do município que passa pelo futebol e cultura”, destacou o ministro, que também citou o investimento de Daniel no Santo André, time da cidade que ganhou a Copa do Brasil em 2004 no Macaranã contra o Flamengo.

 

O corintiano também enalteceu a Festa Literária Internacional de Maricá, com investimento em cultura, educação, oportunidade de emprego e oferta de turismo que transforma a vida das pessoas.

 

“Muito orgulho de Maricá, que é uma grande referência nacional e internacional das suas políticas públicas e que utiliza bem o recurso que vem do petróleo na cultura, educação e na melhoria da qualidade de vida da cidade com geração de renda. E falar de futebol, que faz parte da cultura brasileira, é bom demais. Esse esporte transforma a vida das pessoas e não existe Brasil sem futebol”, concluiu Padilha.


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Amante declarada do futebol, a cantora vascaína Teresa Cristina ressaltou o empoderamento das mulheres que se destacam no esporte e no samba.

 

“Elas estão tomando lugares que deveriam ser nossos desde o início, já que foi uma mulher que inventou o samba. A mulher pode enfeitar a roda de samba se quiser, mas ela pode chegar, sentar, tocar, arranjar, ser diretora musical e isso é muito importante. O futebol e o samba estão sempre juntos. A Mocidade Independente de Padre Miguel nasceu de um time de futebol. O Cacique de Ramos acontece porque existia um jogo de futebol perto e depois sentavam para beber cerveja e tocar um samba”, afirmou.

 

Como toda resenha que se preze sobre futebol, o papo terminou em samba com a cantora Teresa Cristina puxando “Do fundo do nosso quintal”, de Jorge Aragão, e “Vou festejar”, de Beth Carvalho, acompanhada a capela pelo público que lotou a arena de debates.

 

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