Rio de Janeiro, 23/7/2021
Por Gilson Barcellos
Fotos: Divulgação

Maquete do Porto de Jaconé a ser construído em Maricá
A cidade de Maricá vive bons momentos econômicos graças a arrecadação recorde no país dos royalties do petróleo. A administração municipal sabe que o “ouro negro” é finito e, por isso, vem se preparando para o futuro para garantir emprego e renda para os moradores locais. O turismo é uma das saídas já que a cidade tem belíssimas praias, montanhas e lagoas e fica distante apenas 60km da capital fluminense. Os investidores estão de olho na cidade. A expectativa agora é a autorização para o início da construção do megaempreendimento na Restinga de Maricá. É o projeto Maraey que vai gerar milhares de empregos e renda.
Maricá recebeu nesta quinta-feira (22), uma boa notícia. O projeto do Porto de Jaconé, elaborado há 10 anos e que estava embargado por questões ambientais e históricas foi liberado pela Justiça Federal para reiniciar a construção.
Após quatro anos de disputa judicial, os Terminais Portuários de Ponta Negra em Maricá, finalmente recebem sinal verde para prosseguir as obras. O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador Messod Azulay Neto, suspendeu a liminar que impedia o empreendimento. A decisão atende recurso da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ) contra a sentença de primeira instância que havia anulado o licenciamento ambiental prévio para o terminal, também conhecido como Porto de Jaconé. Segundo estimativas do Governo do Estado, o empreendimento deve atrair R$ 2,5 bilhões em investimentos e gerar 2,5 mil empregos diretos durante a sua construção e 1 mil na fase de operação.
O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro moveram ação civil pública contra o Estado do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a DTA Engenharia, a União, o Ibama e a Prefeitura de Maricá. Além da anulação da licença ambiental prévia concedida ao Porto de Jaconé, pediam a proibição de qualquer autorização para começar a construção e condenação por danos morais coletivos.

De acordo com os órgãos, a obra ameaça as formações rochosas que existem no local – as chamadas ‘beach rocks’ (pedras oceânicas na praia) – que fazem parte do roteiro da expedição do naturalista britânico Charles Darwin pelo Brasil, no século XIX.
Resorts na Restinga

Agora, a expectativa é quanto ao megaempreendimento Maraey que segundo os investidores, será construído na Restinga de Maricá, sem prejudicar com a fauna, flora e a Colônia dos Pescadores de Zacarias. O projeto também aguarda a liberação da justiça e licenças ambientais para iniciar a construção de resorts, apartamentos residenciais, clubes, lojas comerciais, centro de convenções, cinemas etc. Enfim, uma cidade dentro da outra com tudo de mais moderno. Será outra grande fonte de emprego e renda para Maricá que deixará de ser cidade dormitório.



Comments