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Justiça federal condena ex-prefeito Quaquá e ex-secretários de Maricá por queda de avião

Rio de Janeiro, 27/6/2021

Por Redação GBNEWS

Avião bimotor caiu na Lagoa do Marine, em São José do Imbassaí, próximo ao Aeroporto de Maricá matando o piloto e um juiz federal


O ex-prefeito Washington Quaquá (PT) e os ex-secretários de Lourival Casula e Fabrício Bittencourt, todos de Maricá, foram condenados pela Justiça Federal juntamente com outros seis réus, no caso da queda de um avião bimotor na Lagoa do Marine, que matou o piloto instrutor de voo Adelmo Louzada de Souza. e o juiz estadual Carlos Alfredo Flores da Cunha, em outubro de 2013. Nas redes sociais, Quaquá diz que o aeroporto era usado por traficantes.


De acordo com a sentença, os condenados foram culpados por terem impedido do avião pousar no Aeroporto de Maricá, colocando viaturas na pista, causando a queda na lagoa.


Quaquá foi condenado a 3 anos, 2 meses e 15 dias de prisão; Lourival Casula (PT), a 2 anos, 8 meses e 24 dias; e, Fabrício Bittencourt a 2 anos e 4 meses. Todos cumprirão a sentença em regime aberto.


No mesmo processo da 2ª Vara Federal de Niterói, foram condenados: Leandro Pereira de Oliveira, Moacir Winder Duarte Azevedo Brandão, Thiago de Souza Adão, Fernando César Ribeiro Mentizingen e Renato Luiz Moreira.


Segundo a sentença expedida pela justiça as penas poderão ser substituídas por prestação de serviço à comunidade e prestação pecuniária a ser definida em execução penal. Todos os condenados poderão recorrer a instâncias superiores.


Ex-prefeito de Maricá por dois mandatos, o empresário Washington Quaquá atualmente é vice-presidente nacional do PT; Lourival Casula (PT), era secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e atualmente vice-prefeito de Itaboraí; e Fabrício Bittencourt (Cidadania), que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública, atualmente titular da Secretaria de Defesa Civil de Maricá.


Nas redes sociais Quaquá publicou a seguinte nota:


“Recebo com indignação, mas com tranquilidade a decisão da primeira instância sobre o aeroporto de Maricá, que absurdamente me condenou a 3 anos em regime aberto. Tenho certeza que as instâncias superiores farão justiça e anularão tal decisão.


Antes de meu governo o Aeroporto de Maricá era controlado por traficantes, como testemunhou a relatora da CPI do narcotráfico, para a região sudeste, a deputada federal Laura Carneiro, apontando que Fernandinho Beira Mar controlava nosso aeroporto.


Foi com coragem e destemor que expulsei os traficantes e devolvi o aeroporto para a cidade e para as atividades lícitas.


No curso do processo, forças poderosas e ricas, que movimentavam ilicitamente milhões no aeroporto, tentaram me calar e reverter minha decisão.


Aproveitaram a fatalidade da morte de um juiz em um treinamento, em avião completamente sem condições de voo, para tentar me atingir, me processado e buscando com a comoção do judiciário, arranjar uma prisão para mim. Os laudos da aeronáutica, certificados pelos seus radares, foram cabais em demonstrar que o avião do juiz não só “nunca tentou se aproximar do aeroporto de Maricá”, como se desintegrou no ar porque já estava há 900 horas sem manutenção e deveria fazê-la a cada 100; é que possuía parafusos incompatíveis com a fuselagem. O MPF teve que retirar das alegações finais o caso lamentável da morte do Juiz.

Todas as testemunhas de acusação eram usuários e usufruíam do “esquema” do aeroporto. Nenhuma delas se sustenta e nenhum avião foi impedido de pousar, nem de decolar.


O que houve é que acabei com a bagunça de pousarem sem fiscalização; a noite; descarregando sacos e mais sacos de sabe-se bem o que.


Mas infelizmente quem foi condenado fui eu. É assim nesse país! A sentença não tem grande efeito prático, mas causa desgaste político.


Já tive meu passaporte preso por quase 2 anos; decisão que só depois foi revogada; e tenho que cumprir exigência de apresentação quinzenal à justiça, o que veio me causando tristeza e sentimento de injustiça.


Confio que as instâncias superiores vão reparar essa injustiça e fazer com que a democracia brasileira possa confiar no seu imprescindível sistema judiciário, tão desacreditado hoje em dia por decisões de claro cunho político e partidário". conclui Quaquá.


Os demais condenados não se pronunciaram até o momento.



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