Rio de Janeiro, 18/12/2023
Por Redação GBNEWS
A deputada estadual Lucinha (PSD) deixou na manhã desta segunda-feira (18), a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio, pela porta dos fundos, após prestar depoimento por duas horas e meia acompanhada de uma advogada. Ela estava de óculos escuros, máscara, cabelos presos e evitou falar com jornalistas.
A deputada é alvo de uma operação da PF e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Chamada de Batismo, a ação tem o objetivo de apurar a participação e a articulação política desempenhada por Lucinha, que agiria em conjunto com uma assessora para beneficiar uma milícia privada, com atuação na Zona Oeste do Rio comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A Justiça determinou o afastamento imediato da parlamentar das funções legislativas, proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como proibição de frequentar a casa legislativa.
As investigações do MP conseguiram evidências do envolvimento da parlamentar com Zinho, um dos criminosos mais procurados do estado. A quadrilha dele atua em bairros da Zona Oeste, como Campo Grande e Santa Cruz.
Equipes da Polícia Federal e do Ministério Público estadual apreenderam na casa da parlamentar R$ 140 mil e duas pistolas. Os agentes também estiveram no gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro do Rio.
De acordo com a PF, as investigações apontam a participação ativa da deputada e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando a atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munição, homicídios, extorsão e corrupção.
O nome da operação “Batismo” está associado ao apelido Madrinha, que é como lideranças do grupo criminoso chamam a deputada Lucinha.
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