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Em Maricá, Aeroporto Municipal conta com 40% de profissionais do sexo feminino

Rio de Janeiro, 08/3/2023

Por Redação GBNEWS

Fotos: Leonardo Fonseca e Paulo Ávila

Monna Nunes Santos é a responsável pelo setor da segurança da aviação


O setor de Operações de Aeroportos e Aeronaves é uma área considerada majoritariamente masculina. No entanto, são as mulheres que voam alto no Aeroporto de Maricá (SBMI), administrado pela Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá). No SBMI, 40% da equipe que trabalha – diretamente ou indiretamente –, no aeroporto é de mulheres. Elas são 52, de um corpo efetivo de 130, e ocupam cargos centrais, como: uma diretora, duas pilotos, quatro supervisoras de empresa aérea, quatro atendente de guichê, oito agentes de Proteção da Aviação Civil (Apacs), 20 multiplicadoras, seis coordenadoras, seis agentes de campo e um superintendente. No Dia Internacional das Mulheres, comemorado nesta quarta-feira (08), a diretora de Operações, Marta Magge, conta que, ao longo das últimas décadas, o número de mulheres vêm crescendo na aviação, seja nos ares, pilotando aviões e helicópteros, ou atuando nos setores de manutenção e nas áreas restritas dos aeroportos. Setores, historicamente, dominados por homens. "Aos poucos, essas áreas estão sendo colocadas a favor das mulheres. Uma atividade que requer muito foco e atenção, pois se trata da segurança e da vida de milhares de pessoas, algo que acredito que faz parte da natureza delas", analisa Marta.

No Aeroporto de Maricá, o olhar atento às operações são de mulheres, com a diretora de Operações Marta Magge e sua assessora especial Roberta Santos. "Temos diversas mulheres que atuam em campo, aqui no SBMI. São guerreiras que, diariamente, no sol e na chuva estão conciliando trabalho, família, carreira e vida pessoal. Um dos destaques no Aeroporto de Maricá são as pilotos Irene e Suellem, da empresa OMNI Táxi Aéreo, que transportam passageiros nas aeronaves de offshore S76 e AW139 para as plataformas da bacia de Santos. Um mercado que, há pouco tempo, era dominado somente por homens e hoje temos uma presença feminina marcante", afirma Magge. Para as mulheres, nem o céu é o limite

A piloto da Omni Táxi Aéreo, Irene Tobler de Oliveira, que atua no ramo offshore há 16 anos e voa em Maricá desde 2022, garante que, nas operações offshore, é comum ver uma tripulação com mais homens do que mulheres. "No Brasil, são aproximadamente 30 pilotos mulheres e cerca de 700 homens em voos offshore, mas já aumentou bastante. Quando eu entrei no setor, o número era ainda menor, não tinha nem dez mulheres. Fui a mulher mais velha no mundo a entrar no offshore, com 44 anos", explica Irene. Moradora de Itaipuaçu, a piloto conta que vê muitas mulheres trabalhando no Aeroporto de Maricá. "Comecei a aviação em outra época. Eu era dona de casa e decidi ser piloto, então as dificuldades não eram poucas, mas tive bastante determinação e consegui. Eu adoro voar aqui em Maricá, o principal diferencial é a proximidade com o Rio de Janeiro", afirma Oliveira. Time de mulheres aumenta cada vez mais Com seis anos recém-completos na Codemar e no Aeroporto de Maricá, a coordenadora e responsável Aviation Security (Avsec - em tradução literal, Segurança da Aviação), Monna Nunes Santos, explica que entrou no início da reformulação do SBMI. Na época, a equipe desse setor era composta de seis pessoas, sendo duas mulheres.

"Foi um período de entender e estudar qual era o objetivo do Aeroporto para planejar e atender as demandas do mercado. O setor Avsec faz a parte de segurança contra Atos de Interferência Ilícita no Aeroporto, que cuida do controle de acesso, autorização de ingresso na área operacional, inspeção de bagagem e pertences de mão, todas as pessoas que entram na área operacional, entre outros processos de seguimento das normas de acordo com a categoria do aeroporto e das obrigações contratuais com as operadoras áreas", explica Monna. Para ela, é um orgulho participar de um time que tem tantas mulheres. "Fico muito feliz em dizer que, aqui no Aeroporto, temos uma mulher diretora. Tenho muito orgulho da posição que consegui assumir, porque entrei na Codemar para ser assistente administrativo, mas tudo estava crescendo, e me tornei responsável de Avsec. A Codemar consegue proporcionar muitas oportunidades e sou muito grata a isso, porque aqui não tem distinção por ser mulher. Percebo que, de uns tempos para cá, temos conseguido agregar ainda mais mulheres na equipe. Na Omni, por exemplo, vemos pilotos mulheres e ficamos muito orgulhosas, porque, infelizmente, ainda é incomum, mesmo nos dias de hoje", finaliza Santos.


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