Rio de Janeiro, 29/4/2024
Por Gilson Barcellos
Ilustração: Internet
Em 1945 a Dell Comics criou o Bolinha personagem que era um menino metido a machão. Como presidente do Clube dos Meninos, seu lema era: “Menina não entra” e vivia em constante desentendimento com a amiga Luluzinha. Nas últimas eleições municipais em Maricá, as “meninas” não conseguiram entrar, se eleger, mas esse cenário pode mudar em 6 de outubro. Em Tanguá, a Câmara Municipal está fora da curva.
Apesar dos incentivos e cotas destinados por lei às candidaturas femininas, elas ainda representam 0% das cadeiras do legislativo maricaense. Nesta legislatura uma política chegou a participar por pouco tempo. Era suplente do suplente e saiu com a volta do titular.
Esse cenário pode mudar em outubro. A justiça eleitoral está de olho nas candidatas laranjas, e com o aumento de 17 para 21 cadeiras na Câmara de Maricá, elas terão mais chances, já que o eleitorado feminino na cidade é maior do que o masculino. Algumas pré-candidatas estão colocando o bloco na rua com chances de conquistar uma cadeira no legislativo tirando até mesmo a reeleição de vereadores com mandato.
Em Maricá, dos cerca de 160 mil eleitores, 54% são mulheres, ou seja, 86.400. Segundo levantamento, 25.920 (30%) já tem candidato, 17.280 (20%) não tem candidato.
Sem laranjas, com a justiça eleitoral fiscalizando, o Clube do Bolinha de Maricá está ameaçado graças a democracia!
Câmaras da região
Em Itaboraí, todas as onze cadeiras são ocupadas por homens; em Niterói, das 23 cadeiras, uma é de Benny Briolly (Psol); em São Gonçalo, a petista Priscilla Canedo ocupa uma das 27 cadeiras; em Rio Bonito, Marlene Carvalho Pereira (Cidadania) é titular de uma das 11 cadeiras.
Tanguá está fora da curva com duas parlamentares do total de 13 vereadores. Aline de Sá Pereira (PP) e Marcilea Braga Matos (PSL) vão partir para a reeleição.
Comentários