Rio de Janeiro, 03/11/2022
Por Redação GBNEWS
Fotos: Anselmo Mourão
Apesar das fortes chuvas que atingiram a cidade de Maricá neste Dia de Finados (02), uma missa foi celebrada no cemitério municipal, após dois anos sem a celebração por causa da pandemia da Covid-19. Em razão do mau tempo, a missa aconteceu no espaço onde ficam as capelas dentro do novo prédio do Campo Santo Cônego Batalha. Mesmo com a chuva ao longo da manhã, a celebração teve a presença de aproximadamente 200 pessoas. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, o cemitério recebeu cerca de dois mil visitantes. A missa foi celebrada pelo pároco da Matriz de Nossa Senhora do Amparo, padre Max de Almeida. Na homilia, ele citou o exemplo de Maria, mãe de Jesus, que não se desesperou mesmo vendo o filho morto na cruz. “Na hora em que perdemos alguém querido, não podemos deixar que o desespero tome conta de nós, assim como Maria. O cemitério é um lugar para dar vazão à dor e à saudade, e a missa reforça nossa fé na ressurreição, conforme a promessa de Jesus”, disse o padre.
Para a coordenadora de Assuntos Religiosos de Maricá, Danieli Machado, foi bom ver a missa lotada em um dia de tempo chuvoso. “Isso mostra que os que já partiram continuam vivos no coração dessas pessoas, e que elas sentiam falta de estar aqui lembrando deles. É um dia de emoção e saudade”, lembrou ela. Entre os visitantes do campo santo, havia gente que comparece anualmente no Dia de Finados. “Tenho pai e esposo sepultados aqui, e consegui vir mesmo durante a pandemia. É uma tradição que temos e sempre cumprimos”, afirmou Carla Machado, que estava acompanhado das duas filhas.
Marilene dos Santos Melo, de 59 anos, perdeu duas irmãs há menos de um ano e foi ao cemitério prestar homenagens. “Uma se foi no fim do ano passado no nordeste, e a outra vivia aqui e morreu em fevereiro. A lembrança que fica é muito forte e eu virei sempre”, prometeu ela.
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