Bancada do PSL critica restrições no Rio de Janeiro
- Gilson da Gama Barcellos
- 4 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Rio de Janeiro, 04/3/2021
Por Juliana Oliveira
Foto: divulgação/Alerj
Deputado Charlles Batista com a moção de repúdio contra as medidas de Paes
Líder da bancada do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (PSL), o deputado Charlles Batista apresentou moção de repúdio ao prefeito democrata Eduardo Paes pelo decreto com medidas restritivas ao comércio e circulação de pessoas que começarão a vigorar na cidade do Rio nesta sexta-feira (5).
Charlles afirma que por motivos “iminentemente políticos”, comerciantes e trabalhadores estão sendo penalizados. O deputado considera que apesar de o momento difícil, o Rio de Janeiro tem apresentado dados satisfatórios no que se refere à contaminação e infecção do coronavírus, em comparação a outros estados.
“Essa pauta deve ser tratada com seriedade, como tem feito o governo federal. Impedir que comerciantes e trabalhadores exerçam seu ofício é propagar a fome, a destruição e a miséria na cidade do Rio de Janeiro, além de não ser a medida eficaz para o combate à covid-19. Qualquer trabalho que provêm o pão de cada dia é essencial”, escreve Charlles Batista na moção de repúdio.
Já Anderson Moraes protocolou, nesta quinta-feira (04), projeto de lei para proibir o "toque de recolher" como medida de enfrentamento à pandemia. A proposta, que ainda será votada pela Alerj, estabelece que qualquer ato que imponha restrição de circulação de pessoas tenha respaldo de recomendação técnica da Anvisa.
"Não respeitar os direitos constitucionais é um absurdo. Uma coisa é reforçar o cuidados para evitar o contágio do vírus, outra é restringir o ir e vir do cidadão. O prefeito deveria estar mais preocupado em acabar com a aglomeração do BRT. Não podemos permitir que o estado adote medidas como esta, que também vão prejudicar ainda mais comerciantes", critica Moraes.
A também bolsonarista Alana Passos alerta para a importância de reforçar a rede de saúde, ao invés de privar a população de direitos. “O que precisamos é voltar com os hospitais de campanha do município e do Estado. O povo precisa trabalhar, não aguenta mais ter que ficar trancado em casa! Sou totalmente contra o lockdown”, diz a deputada.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes para tentar combater o avanço da Covid-19, impõe restrições que entram em vigor nesta sexta-feira (05), que se estenderão até a próxima quinta-feira, dia 11, num período inicial de teste. Há mudanças em vários setores como a proibição do funcionamento de todo comércio na praia — ambulantes e quiosques — e da abertura de boates, casas de shows e similares. Haverá limitação de horário ainda para bares e restaurantes, restrito das 6h às 17h, inclusive no interior de shoppings, e para o comércio e outras atividades em geral, que só vão poder funcionar das 6h às 20h, limitados a 40% da capacidade.
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