Rio de Janeiro, 1º de Maio de 2021
Por Gilson Barcellos

Governador Cláudio Castro bateu o martelo no leilão da Cedae
Nesta sexta-feira (30 de abril), o governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), comemorou o sucesso leilão da Cedae. Também marcou o impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC). Hoje, Dia do Trabalho entra como dia marcante para Cláudio Castro que assume em definitivo o governo do Estado. Deve fazer algumas mexidas no alto escalão e dá o pontapé inicial para a reeleição nas eleições de 2022.
Leilão:
O martelo foi batido pelo governador Claudio Castro no final do leilão da Cedae na Bolsa de Valores de São Paulo, que contou com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). O leilão aconteceu após brigas judiciais, já que a Assembleia Legislativa era contrária a venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto.
As empresas vencedoras vão pagar R$ 22,6 bilhões por concessão do saneamento em 29 municípios. Apenas um dos quatro blocos não recebeu propostas e, agora, o governo e o BNDES vão estudar a possibilidade de uma nova licitação do bloco.
Posse e reeleição
Cláudio Castro toma posse neste sábado, Dia do Trabalho, como governador em definitivo com o impeachment de Wilson Witzel. A cerimônia será às 10 horas na Assembleia Legislativa (Alerj) e 14 horas no Palácio Guanabara.
Alterações no secretariado devem ser feitas já pensando na candidatura à reeleição em outubro do ano que vem. Como primeiro passo vai deixar o PSC e deve se filiar ao PSD, partido comandado no Estado pelo deputado federal Hugo Leal. Castro também está se aproximando do Partido Liberal presidido no Rio de Janeiro pelo deputado federal Altineu Cortes. O PL conta hoje com dois senadores (Carlos Portinho e Romário Farias) e 16 prefeitos, sendo um deles, de São Gonçalo o segundo maior colégio eleitoral do estado.
Impeachment
Afastado do governo do estado em agosto de 2020, acusado de corrupção na área da saúde, Wilson Witzel foi julgado nesta sexta-feira (30 de abril), pelo Tribunal Especial Misto (TEM), formado por cinco deputados e cinco desembargadores.
Por 10 votos a zero, o TEM decretou o impeachment do ex-juiz federal Wilson Witzel. Também está inelegível por 5 anos.
"É revoltante o resultado do processo de impeachment! A norma processual e a técnica nunca estiveram presentes. Não fui submetido a um Tribunal de um Estado de Direito, mas sim a um Tribunal Inquisitório. Com direito a um carrasco nos moldes do estado islâmico, que não mostrou o rosto", escreveu Wilson Witzel nas redes sociais.


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