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Hospital Geral de Bonsucesso: havia risco de incêndio e nada foi feito


Mais uma tragédia anunciada provocada por incêndio num hospital do Rio de Janeiro. Infelizmente, como em outros casos, pode acabar em pizza. Os responsáveis pela unidade de saúde federal, como em outros casos país afora, não deverão sofrer qualquer tipo de punição, embora soubessem que de uma hora para outra o Hospital Geral de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, iria pegar fogo.

Incêndio mata duas pacientes no Hospital Geral de Bonsucesso (foto Yahoo Notícias)

Até o momento foram contabilizadas duas mortes. Pouco depois do início do incêndio, Núbia da Silva Rodrigues, 42 anos, em estado grave com coronavírus, morreu quando era transferida para outro hospital. A segunda vítima fatal, ainda não identificada, é uma mulher de 83 anos, também internada em estado grave com Covid-19.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, agentes do quartel do Fundão foram acionados às 9h50 para a ocorrência. Por causa das chamas, pacientes foram retirados às pressas do prédio 1 e removidos para o galpão de uma borracharia em frente ao hospital que pertence ao Ministério da Saúde. Bombeiros de 13 unidades atuaram no local. Por volta das 10h30, o fogo foi controlado e os agentes fizeram o rescaldo.

Internos foram levados para o galpão em frente ao hospital (foto internet)

No edifício atingido ficam as enfermarias e são realizados exames de imagem. O fogo começou no subsolo do pavilhão e atingiu o almoxarifado, onde fraldas ficam guardadas. Ainda não há informações sobre a causa do incidente.

De acordo com a assessoria da unidade, 66 pacientes foram transferidos para sete unidades de saúde.

Uma vistoria realizada em abril de 2019 no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), atingido pelo incêndio nesta terça-feira (27), revelou falhas graves no sistema de prevenção e combate a chamas e "alto risco de explosão" e de inoperância total do sistema elétrico da unidade. As causas da ocorrência desta manhã ainda serão investigadas.

O alerta sobre a unidade foi revelado pelo jornal Extra em setembro do ano passado, mas nenhuma providência foi tomada. Técnicos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) identificaram superaquecimento em dois transformadores da subestação principal do hospital. Uma delas chegou a atingir 148,6 graus e outra, 128,6 graus.

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