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Covid-19 causa retração e desemprego mundial


Estados Unidos já tem mais de 1,5 mi de pedidos de seguro-desemprego;

no Brasil, foram realizados cerca de 2 mi de pedidos desde março

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Empregos de Desempregados (Caged) divulgados na última segunda-feira (29/06) foram fechados 331.901 empregos com carteira assinada em maio, totalizando 1.144.875 postos nos últimos cinco meses. Segundo o Ministério da Economia, no início de junho o Brasil totalizou 1.944.125 de pedidos de seguro-desemprego desde o início das medidas implementadas para mitigar o avanço da pandemia de coronavírus, em março. Já nos Estados Unidos, os pedidos somam 1,508 milhão. A principal causa para estes números é a queda da atividade econômica mundial que fez com que muitas pessoas perdessem seus empregos.

“O impacto da pandemia é claro, aqui no Brasil a taxa de desemprego que era de 11% no final do ano passado, que registrava uma queda nos últimos anos, subiu para mais de 12% e só tende a aumentar. A previsão dos EUA, por exemplo, que era de 14% em média, já ultrapassa 20%”, comenta Daniel Cavagnari, coordenador do curso de Gestão Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter.

Cavagnari explica que esses números impactam diretamente no PIB de cada país. A cada 1% de queda do PIB, tem-se mais de 1% de aumento da taxa de desemprego. “Quanto menos pessoas remuneradas, menor ainda será o desempenho da economia. É o que explicam as taxas baixas de inflação ou até de desinflação registradas”, afirma.

Recuperação econômica

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,9 milhões de postos de trabalho foram perdidos, sendo que desse total, 3,7 milhões são postos de trabalho informais.

Segundo o professor da Uninter, o Brasil já pode se considerar mergulhado em uma depressão econômica e a recuperação será lenta. “A recuperação dependerá da iniciativa política e do dinheiro público, que fará com que a economia se remunere. As pessoas precisam de remuneração para se sustentarem. O governo deve designar dinheiro que usaria para operações menos vitais, como campanhas políticas, para poder capacitar a saúde e pagar as pessoas até que se estabeleçam em novos ou antigos empregos e negócios”, afirma Cavagnari.

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