

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz, acordou às 6 horas desta quinta-feira (18) com mandado de prisão na casa onde morava em Atibaia, interior de São Paulo. Fabrício e Flávio são investigados pelo esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). A Justiça também expediu mandado de prisão contra a mulher de Fabrício, Márcia de Oliveira Aguiar. O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) saiu há pouco do Palácio Alvorada com destino ao Palácio do Planalto e não falou nada sobre a prisão de Queiroz. O senador Flávio Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a prisão do ex-assessor.

Fabrício de boné azul (foto reprodução TV)
A prisão foi feita em operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil do governador Wilson Witzel (PSC). O MP do Rio também cumpre mandados de busca e apreensão em diversos endereços da capital. Um deles é a casa de Bento Ribeiro, escritório político da família Bolsonaro.
Fabrício Queiroz esteve no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio entre 2007 e 2018 e, no período, emplacou sete parentes na estrutura. Além dele, também foram lotados outros sete parentes dele no gabinete de Flávio desde 2007. Entre os parentes de Queiroz investigados junto com ele, estão a mulher, a enteada e duas filhas, uma delas é a Nahtalia Queiroz, conhecida por ser personal trainer.

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
O endereço onde Queiroz foi preso em São Paulo está em nome do advogado Frederick Wassef que atua na defesa do senador Flávio Bolsonaro no procedimento de investigação criminal.
Além da prisão de Queiroz, o MP-RJ obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas. São eles o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
Alvo principal desta quinta-feira, Queiroz tenta explicar desde o fim de 2018 uma “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão, no intervalo de um ano, em suas contas.
