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Corrupção na saúde: PF acorda governador Witzel que acusa perseguição do presidente Bolsonaro


Agentes da Polícia Federal de Brasília acordaram Wilson Witzel (PSC), às 6 horas, no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Estado do Rio, na Zona Sul. Eles cumpriam mandados de busca e apreensão de documentos

(reprodução/TV Globo)

Witzel negou qualquer tipo de envolvimento no esquema de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública. Quinze equipes da PF participaram da ação, que tem a finalidade de apurar os indícios de desvios.

Investigações iniciadas no Rio pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.

Em nota, o governador Wilson Witzel diz que não há absolutamente nenhuma participação ou autoria sua em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal.

“Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro", afirmou o governador.

A Operação Placebo que investiga desvios na área da Saúde do Estado do Rio de Janeiro durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), começou na manhã desta terça-feira (26) em vários endereços do Rio e São Paulo. Além do Palácio Laranjeiras, os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio e no apartamento de Wilson Witzel no bairro Grajaú, Zona Norte, onde morava antes de ser eleito.

A ação é comandada pela Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal para cumprir 12 mandados de busca e apreensão, 10 no Rio e dois em São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a investigação, há um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da gestão da Saúde do estado.

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