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Espécies exóticas ocupam bosque na Praia de Charitas


Criado com espécies típicas de restinga, um bosque à beira-mar, em área nobre de Charitas, na Zona Sul de Niterói, está abandonado. Ao lado da garagem subterrânea e do quiosque 13, o bosque é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Secretaria Estadual do Ambiente, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a concessionária Águas de Niterói (AN).

O TAC foi firmado depois que, inadvertidamente, um tratorista da AN degradou com uma retroescavadeira uma área de preservação. Através do acordo, a NA plantou as espécies recomendadas pelos técnicos do INEA. O TAC só não previu quem ficaria responsável pela manutenção do bosque.

O INEA informou, através de nota, que a AN foi notificada para replantar as espécies suprimidas e que agora irá oficiar à Prefeitura de Niterói para que faça a manutenção do bosque através da sua Secretaria municipal de Conservação.

No local foram plantadas mudas de pitanga, aroeira, araçá, clusia e outras em meio à vegetação de ipomeas (plantas fixadoras de areia). Por falta de fiscalização, o espaço protegido pelo TAC foi reduzido com a ampliação de um campo de futebol (que não é usado) e pelo quiosque, para colocação de mesas.

Depois de reclamações de ambientalistas, a superintendência do INEA em Niterói recomendou a AN, há cerca de um ano, que fizesse a manutenção no local. O trabalho consistiu apenas na retirada do lixo. Não foi feita a reposição das estacas que protegiam as árvores e também não foram repostas as mudas que morreram por falta de manutenção na área de 325 metros quadrados.

-- De lá para cá, o bosque ficou abandonado. A CLIN (responsável pela limpeza da orla) faz a poda da grama do campo de futebol, mas não entra no bosque alegando que a área é de responsabilidade do INEA. O bosque precisa de um trabalho manual, com supressão das espécies exóticas, sob a supervisão de um técnico especializado. Não basta fazer uma limpeza como da última vez – sugeriu o morador Wellington Carneiro.

Com a falta de conservação, espécies exóticas, como capim colonião, amendoeiras e leucenas estão crescendo em meio às plantas de restinga que restaram e que serão suprimidas naturalmente quando as exóticas crescerem. Também há muito lixo e necessidade de manejo das ipomeas. Os moradores pediram ajuda à prefeitura, mas não conseguiram sucesso por se tratar de uma área de responsabilidade do INEA, segundo alegaram os técnicos do município. Os moradores estão pedindo ajuda ao Ministério Público para solucionar o problema.

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