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Coronavírus: moradores de rua de Maricá ganham abrigo


A prevenção ao novo coronavírus desencadeou um conjunto de ações de diferentes órgãos da Prefeitura de Maricá para oferecer uma atenção especial à população em situação de rua. Uma das principais foi a criação de um espaço de abrigamento para este público, que começou a funcionar nesta quarta-feira (01) na sede da Secretaria de Políticas Inclusivas, em Araçatiba.

(fotos divulgação/PMM)

O imóvel onde fica a pasta foi adaptado para disponibilizar banho, jantar e pernoite no horário das 17h às 7h do dia seguinte. Na primeira noite, 12 moradores de rua utilizaram o local, que pode abrigar até 30 pessoas e vai passar por sanitização a cada três dias.

Antes deste órgão, a Secretaria de Educação havia aberto as dependências da Escola Especial Municipal Rynalda Rodrigues da Silva, no Centro, onde os moradores de rua tiveram o mesmo acolhimento. Além disso, equipes do Comitê de Defesa dos Bairros (vinculado à Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher) e o Serviço de Abordagem Social (da Secretaria de Assistência Social) estão nas ruas da cidade procurando convencê-los a aceitar o abrigamento. A Secretaria de Saúde abriu o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Centro para que eles tenham café da manhã, almoço e lanche durante o dia.

Sheila Pinto, secretária de Políticas Inclusivas, revelou que há ainda o apoio da Secretaria de Ordem Pública e Gabinete Institucional – através da Guarda Municipal – e da autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar).

“É um esforço conjunto para que tenhamos ainda menos gente na rua. O desafio para nós é que este é um público que, normalmente, não aceita ficar isolado, mas a entrega de todos os órgãos envolvidos é grande, cada um fazendo um pouco”, contou ela, afirmando que é realizada também uma triagem social com eles.

Para João Carlos de Lima, titular da pasta de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, a abertura do espaço vai de encontro ao projeto de criação de uma casa de recuperação para moradores de ruas. “É uma ideia antiga que temos de criar um espaço permanente para eles e também suas famílias. Vamos convidar universidades federais para participar. Atualmente, esse é um público que está crescendo em Maricá e já temos até estrangeiros nessa situação”, revelou.

Outra preocupação é evitar que as pessoas em situação de rua se tornem vetores de transmissão do novo coronavírus. “Retirar essas pessoas da rua hoje deixa de ser uma questão apenas social mas virou também questão de saúde pública. Mesmo que eles não interajam com muita gente, não queremos que a Covid-19 se dissemine entre eles”, explicou a secretária de Assistência Social, Laura Costa.

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