A Copremar, Comissão Permanente de Preservação de Manutenção de Áreas Públicas, iniciou na manhã desta quarta-feira (06), uma ação que segundo ela, tem como objetivo combater a poluição visual em toda a orla da cidade. Os trabalhos começaram pelo Quiosque Barracuda, na Barra de Maricá, que gera dezenas de empregos, prestigia a cultura e os artistas prata da casa. Com esta ação o empresário Maurício Chaves será obrigado, inicialmente, a cancelar shows e reduzir o número de trabalhadores neste fim de semana, justamente nesta época de início de verão. A lista de desempregados vai aumentar no município.
Funcionários da Prefeitura de Maricá retiraram as estruturas de madeira e bambú afixadas na areia da orla da praia da Barra de Maricá na altura da Rua 11. A alegação é de que as estruturas estavam afixadas em Área de Proteção Permanente (APP). Dentro deste princípio, outros quiosques instalados na orla de Maricá também deverão ser alvo de demolição por parte da autarquia municipal.
No Barracuda, que já serviu de cenário para gravação de vários filmes, parte da estrutura demolida era destinada a shows programados nos finais de semana, sempre prestigiando os artistas locais.
"Com esta ação, estou cancelando os shows programados para este fim de semana. O Barracuda é referência não só em Maricá. Muitas famílias do Rio e de municípios vizinhos prestigiam os nossos eventos. Só no mundo artístico, o quiosque gera em torno de 40 empregos diretos, entre cantores, compositores, músicos, técnicos de som etc", disse Maurício Chaves.
O Barracuda tem cerca de 30 profissionais, sendo que grande maioria é formada por jovens estudantes no primeiro emprego. De imediato este número será reduzido para 10.
"A estrutura de alvenaria continua e o Quiosque Barracuda vai se reinventar e estará recebendo as famílias neste fim de semana", afirmou o empresário Chaves que espera que a atitude da Copremar seja a mesma com outros estabelecimentos, seja de quem for.