A Polícia Federal está nas ruas do Rio desde o início da manhã desta quarta-feira (02) para desarticular uma organização criminosa na Receita Federal. A Operação Armadeira, desdobramento da Operação Lava-Jato, cumpre 39 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e nove de preventiva, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
As investigações apontam que participantes do esquema usavam informações privilegiadas da Receita para beneficiar terceiros. A PF começou a investigar o caso a partir de um depoimento de colaborador da Lava Jato, que sofreu extorsão para não ser autuado em procedimento fiscal.
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Os investigadores apontam o auditor fiscal Marco Aurélio Canal, supervisor de programação da Receita Federal na Lava Jato, como líder da organização criminosa que assediava delatores e investigados ao cobrar propina em troca da anulação e cancelamento de multas por sonegação fiscal.
Os alvos eram selecionados a partir de inquéritos e processos que tramitavam pela Receita referentes a acúmulo de patrimônio ou movimentação financeira suspeita - a quadrilha selecionava quem poderia render propinas maiores.