Agora a tarde, o site O Antagonista, numa matéria exclusiva de Claudio Dantas, divulgou que a Fecomércio-RJ não comprovou serviços que consumiram milhares de reais. A seguir, a reportagem reproduzida na íntegra
Após a prisão de Orlando Diniz pela Lava Jato do Rio no ano passado, a Fecomércio-RJ sofreu processo de intervenção, com auditoria em dezenas de contratos e convênios suspeitos.
O relatório dessa auditoria, obtido em primeira mão por O Antagonista, aponta repasses superiores a R$ 162,9 milhões a escritórios de advocacia, sem “prova efetiva” da execução dos serviços.
Notificada, a Fecomércio chegou a apresentar notas fiscais, recibos e faturas. Entretanto, não conseguiu “atestar a vinculação dos serviços prestados às finalidades institucionais do Sesc-ARRJ”.
Além disso, “não foram apresentados os comprovantes de efetivos depósitos, cópia dos contratos e respectivos aditivos, bem como prova da efetiva execução dos serviços”.
Uma “derradeira notificação” foi expedida em vão à Fecomércio-RJ para que apresentasse documentação que corroborasse os serviços alegados.
Esse levantamento agora deverá ser incorporado às investigações da Lava Jato sobre os repasses suspeitos a grandes escritórios de advocacia, alguns vinculados a familiares de desembargadores e ministros de tribunais superiores.
O Antagonista revelou no ano passado que o campeão em recursos da Fecomércio na gestão de Diniz foi o escritório de Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, advogados de Lula.