Categoria aguardava votação
de projeto de lei sobre a isonomia salarial
dos inspetores de alunos e de auxiliares de classe
Vereadores fizeram pouco caso dos profissionais da educação do município
A falta de quórum para abertura de votações na Câmara de Cabo Frio na sessão da noite desta quinta-feira (11) - a última antes do recesso de quinze dias do legislativo - deu um banho de água fria nos servidores da educação. Eles aguardavam a votação de projeto de lei enviado pelo prefeito Adriano Moreno (Rede) ao legislativo sobre a isonomia salarial dos inspetores de alunos e auxiliares de classe. O encaminhamento do projeto foi acertado em reunião anteontem (10) entre o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) e integrantes do governo, na prefeitura. Na véspera, servidores fizeram ocupação na prefeitura com o objetivo de fazer o governo reabrir o diálogo com a categoria.
- Foi armação do governo - acusou a professora Denise Teixeira. - Soubemos que alguns vereadores falaram que não iriam porque o governo falou para não ir - disse, sem citar nomes.
As faltas foram de Aquiles Barreto, Vanderlei Bento, Vinicius Corrêa, Adeir Novaes, Rodolfo de Rui, Alexandra Codeço, Ricardo Martins, Leticia Jotta e Blau Blau.
Como faltava apenas um vereador para que a sessão pudesse ser aberta, o presidente da Casa, Luís Geraldo, chegou a dar 10 minutos de tolerância para a abertura das atividades. Líder da oposição, o vereador Rafael Peçanha preferiu não ser taxativo.
- Não sei se teve manobra. Mas é um resultado decepcionante. Poderíamos resolver demandas importantes, como a dos auxiliares de classe, e o projeto que regulamenta alguns direitos dos agentes comunitários de Saúde. Não sei se foi proposital ou sem querer, mas que é decepcionante, é!
Saúde - Embora o salário tenha caído nesta quinta (11), servidores da Saúde continuam em greve, até que seja feita assembleia para decidir os rumos do movimento, diz o presidente do Sindicato dos Profissionais da Saúde (SindSaúde), Gelcimar Almeida, o Mazinho.
- Houve pagamento hoje (quinta), com alguns dias de atraso, mas existe ainda pendência no acordo não cumprido de pagamento de décimo terceiro salário de 2016. E ainda tem o triênio, que está congelado. Temos que negociar o descongelamento do triênio e a reposição de perda salarial, que seria a segunda proposta do governo, de 8%. Isso ainda não está definido - disse Mazinho. (fonte Folha dos Lagos)