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Maricá no topo da violência com o assassinato de mais um jornalista


O noticiário nacional e internacional está voltado desde às 22 horas desta terça-feira (18) para Maricá, não para informar que é uma cidade rica do litoral fluminense, que está em franco desenvolvimento graças aos royalties do petróleo. Infelizmente, é porque mais um jornalista foi assassinado em menos de um mês. No Bom Dia Rio da TV Globo desta quarta-feira (19), ao noticiar o assassinato de Romário Barros, fundador do portal Lei Seca Maricá, o âncora Fachel informou que Maricá é uma das cidades mais violentas do Estado do Rio, com cerca de 60 homicídios somente nesse ano segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP).

Romário Barros tinha 31 anos, há 9 anos criou o portal Lei Seca Maricá, um dos mais populares da cidade, porque além de noticiar as ações do governo municipal, priorizava as reportagens que envolviam casos de polícia. Ele foi assassinado com três tiros dentro do seu carro no bairro Araçatiba, Centro.

Pouco menos de um mês, outro jornalista foi morto também à tiros. Robson Giorno foi assassinado na noite do dia 25 de maio na porta de sua casa no bairro Boqueirão. Giorno era proprietário do portal e do jornal impresso O Maricá e pretendia se candidatar a prefeito nas eleições de 2020.

A exemplo da morte de Giorno, a Prefeitura de Maricá lamenta a morte de Romário.

"É inaceitável que em menos de um mês a cidade esteja passando pela segunda morte de um jornalista. Vamos cobrar uma ação rápida e efetiva do Estado para que os crimes sejam solucionados e uma resposta seja dada às famílias e a sociedade. Não aceitaremos a impunidade. O povo de Maricá cobrará uma resposta rápida e assertiva desses assassinatos. A cidade sente e manifestamos os sentimentos à família", afirmou o prefeito Fabiano Horta (PT).

Os profissionais de imprensa de Maricá criaram o grupo #somostodosjornalistas com o objetivo de se unirem ainda mais e exigirem das autoridades providências imediatas para combater a violência na cidade.

Romário foi para uma melhor e com certeza continuará sua missão de informar. Está no sangue do jovem jornalista, meu discípulo já que me chamava de mestre, talvez pelos cabelos brancos ou pelos quase 50 anos de jornalismo.

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