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De olho no planalto João Dória provoca crise no ninho tucano do Rio

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB),

que até então era aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL),

está saindo de fininho e se prepara para disputar à presidência da República em 2022.

Aqui no Rio, já causou uma crise nos tucanos sem precedentes

Dória entregou o comando do PSDB-Rio ao empresário Paulo Marinho e o racha começou. Filiado ao partido há 26 anos e com cinco mandatos consecutivos de deputado estadual e ex-vice-governador, Luiz Paulo da Rocha já anunciou a formação de um núcleo de resistência às mudanças determinadas pela direção nacional. Na última quinta-feira (13), o presidente do PSDB, Bruno Araújo, comunicou aos dirigentes fluminenses a decisão de dissolver o Diretório Regional para entregar o comando a Paulo Marinho, que abriu as portas de sua mansão para um jantar com os tucanos. Eleito há um mês, o diretório atual é presidido pelo prefeito de Mesquita, Jorge Miranda. - Nosso diretório foi eleito democraticamente, com a participação de todos os militantes. Não podemos aceitar esta intervenção autoritária no partido. Resisti à ditadura, resisti a arbitrariedades bem maiores e vou resistir a esta também – anunciou.

Luiz Paulo fez profissão de fé num PSDB de centro esquerda, razão pela qual discorda da guinada ideológica formulada por João Dória. Para ele, passar o comando do PSDB a Paulo Marinho e Gustavo Bebiano seria entregar a legenda a forças auxiliares de Jair Bolsonaro. - De onde vieram Paulo Marinho e Bebiano? - pergunta, para em seguida reafirmar o desejo de resistir às mudanças dentro do partido. O deputado admite que o PSDB do Rio tem assistido minguar sua força eleitoral ano a ano. Mas se exime de responsabilidade, lembrando que a legenda nos últimos tempos foi dirigida pelo ex-deputado Otávio Leite (atual secretário de estado de Turismo) e pelo vereador de Niterói Bruno Lessa. - Eles são os responsáveis pelo partido. Mas na verdade a única sigla que cresce historicamente no Rio é o PG, partido do governo. Fora disto, ninguém avança – comenta.

Na campanha para presidente da República, o empresário Paulo Marinho abriu as portas da sua mansão no Rio, para que o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) gravasse os seus programas eleitorais para a Tv.

Quanto a Gustavo Bebiano, era presidente do PSL e fiel escudeiro do capitão-candidato. Foi o primeiro ministro a ser anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e primeiro a cair em desgraça e ser exonerado do governo.

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