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Deputados boicotam reunião com Witzel acusado de instaurar pena de morte no Rio

Criticando a política de segurança adotada pelo governador Wilson Witzel (PSC), considerada por eles como "homicida", deputados federais de esquerda que formam a bancada do Rio na Câmara, boicotaram uma reunião realizada na tarde de hoje (06) no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense

(fotos internet)

Nove deputados federais de partidos de esquerda se recusaram a participar na tarde desta segunda-feira de uma reunião entre o governador Wilson Witzel e a bancada do Rio na Câmara. O encontro, que acontece sem a presença da imprensa no Palácio Guanabara, reúne 20 deputados federais, de um total de 46 representantes do estado em Brasília, de acordo com a assessoria do governador. Também participou do encontro o senador Flavio Bolsonaro (PSL).

Inicialmente, a agenda tinha sido divulgada como uma reunião sobre a distribuição de royalties. No entanto, a assessoria de imprensa do palácio informou a jornalistas no meio da tarde que o tema é reforma da previdência. Em nota, os nove deputados que boicotaram o encontro, entre eles Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Freixo (PSOL) e Alessandro Molon (PSB), dizem que o convite não tinha uma agenda definida e que a decisão foi tomada em protesto contra a política de segurança de Witzel, chamada por eles de “homicida” e que estaria sendo divulgada com “fervor” nas redes sociais do governador.

“Witzel anuncia a ação, entra no helicóptero e estaria, supostamente, numa das aeronaves no momento em que aparecem sendo feitos disparos de cima, contra favelas de Angra dos Reis, na Região da Costa Verde. Pessoas com envolvimento em crimes devem ser julgadas e punidas de acordo com as leis do Estado brasileiro. O governador do Rio não pode, por decisão sua, instaurar a pena de morte, em frontal desrespeito à Constituição brasileira ou colocar em risco a vida de moradores dessas comunidades”, afirma o grupo de deputados na nota.

Os deputados dizem ainda que, além de inconstitucional, a política de Witzel é “de lesa-humanidade e fere tratados internacionais assinados pelo Brasil, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma”.

A nota acrescenta: “Essa política banaliza a violência e oficializa a barbárie num estado que já convive com um aumento alarmante de mortes decorrentes de ação policial. O primeiro trimestre de 2019 já registra o maior número de mortes deste tipo em 10 anos, com aumento de 450%”.

Os nove deputados prometem providências, inclusive no âmbito internacional, contra a política de segurança do governador. Assinam também o protesto Benedita da Silva (PT), Chico D’ Angelo (PDT), Glauber Braga (Psol), Talíria Perrone (PSOL), Paulo Ramos (PDT) e David Miranda (PSOL).

Participam do encontro no Palácio Guanabara, segundo a assessoria de imprensa do governo, os seguintes deputados Áureo Ribeiro (Solidariedade), Chiquinho Brazão (Avante), Christino Áureo (PP), Clarissa Garotinha (Pros), Daniel Silveira (PSL), Delegado Antônio Furtado (PSL), Luizinho (PP), Felicio Laterça (PSL), Flordelis (PSD), Gutemberg Reis (MDB), Hugo Leal (PSD), Lourival Gomes (PSL), Luiz Antônio (sem partido), Otoni de Paula (PSC), Paulo Ganine (Novo), Professor Joziel (PSL), Rosângela Gomes (PRB), Sargento Gurgel (PSL) Vinicius Farah (MDB) e Wladimir Garotinho (PSD).

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