Embora a mancha de óleo que está poluindo as praias da Região dos Lagos não tenha chegado ao trecho certificado da Praia do Peró, a Bandeira Azul foi arriada por medida preventiva. A decisão foi tomada pela coordenação local do projeto informado à Coordenação Nacional e ao Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA). A coordenação seguiu o protocolo internacional da Bandeira Azul. Segundo informação das autoridades, pequenas manchas de óleo chegaram à enseada da Praia das Conchas, na Costa do Peró, a quase um quilômetro da área certificada pela Bandeira Azul.
A Bandeira Azul foi arriada na sexta-feira (05) e só será hasteada novamente quando autoridades federais e do INEA garantirem que não há nenhum risco de os resíduos de óleo cheguem à área da Bandeira Azul. As equipes estão dando prioridade a Arraial do Cabo e Búzios, onde as consequências do acidente foram mais graves.
-- Trata-se de uma medida de prevenção. Foram feitas vistorias e não foram detectadas manchas na Praia do Peró – disse Paloma Arias, da coordenação do Bandeira Azul.
Segundo o coordenador de Meio Ambiente de Cabo Frio, Mário Flávio Moreira, o óleo vazou do campo de Marlin Leste. Ele confirmou a chegada de pequenas manchas na Praia das Conchas. A limpeza já foi feita e toda a orla de Cabo Frio está sendo monitorada pela Guarda Marítima e Ambiental.
-- A situação está sob controle, mas na segunda-feira (08) os secretários de Meio Ambiente de Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo se reúnem em Arraial para avaliar a situação e cobrar uma compensação ambiental da Petrobras – acrescentou Mário Flávio.
A Praia do Peró tem 7,2 quilômetros de extensão, da Praia das Conchas até o Pontal do Peró. O trecho certificado pela Bandeira Azul, na área mais movimentada, onde ficam os quiosques
O Movimento Amigos do Peró há anos cobra mais atenção à vigilância ambiental da praia. Os ambientalistas classificam de “caixa preta” o trabalho feito pela CTA Ambiental, uma empresa capixaba, contratada pela Petrobras, para monitorar a Costa Fluminense. Cerca de 30 animais marinhos são resgatados (em sua maioria mortos) na Costa do Peró por mês. Ninguém sabe, contudo, a causa real dos óbitos. Eles cobram maior atuação dos órgãos ambientais e a divulgação de números oficiais sobre a causa da morte dos animais marinhos. Tendo à frente o biólogo Octávio Menezes, um grupo de ambientalistas fará uma vistoria na tarde deste sábado na Praia do Peró.