O auditor fiscal do trabalho aposentado Fabiano Rossi das Neves foi nomeado diretor da Diretoria Jurídica do Instituto de Pesos e Medidas do Estado (IPEM), conforme publicação no Diário Oficial. Ele é réu no processo 0004850-79.2010.4.02.5101 que corre no TRF2.
Em abril de 2006, a Polícia Federal prendeu 55 acusados de integrar uma quadrilha formada por fiscais, ex-fiscais e funcionários do Ministério do Trabalho no Estado do Rio. Entre os presos estava o auditor Fabiano Rossi das Neves, que agora integra o governo do ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC).
O esquema
Os delegados federais Marcelo Aires e Daniel Granjeiro disseram, na época, haver dois tipos de fraudes.
O primeiro prejudicava o trabalhador. Os integrantes da suposta quadrilha conseguiam, na homologação da demissão do trabalhador privado, baixar os valores pagos pela empresa referentes ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O segundo tipo envolvia o desaparecimento de processos com as multas de grandes empresas devedoras do FGTS. Foram beneficiadas, segundo os investigadores, companhias de construção civil, transportes públicos e indústria naval, entre outras áreas.
A lista dos presos poderia ser bem maior. O Ministério Público Federal tinha pedido a prisão temporária de mais 24 representantes de empresas envolvidas no esquema. Mas a Justiça negou o pedido, afirmando que os empresários poderiam ser acusados por corrupção passiva, mas não de formação de quadrilha. Mas em algumas empresas a Justiça permitiu a busca e apreensão de documentos: Transportes Estrela, Viação Auto Diesel e Feital Transportes e Turismo, e os escritórios de advocacia do fiscal aposentado Fabiano Rossi das Neves, do fiscal Emmanuel de Jeson Avelino e do agente Jorge Xavier Pereira Aleixo.