O presidente do PT-RJ e ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, recorreu à Justiça Federal alegando que não pretendia fugir do Brasil no último dia 21, quando seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal. Com esse argumento, escapou de usar tornozeleira eletrônica. Quaquá responde a um processo porque mandou fechar, quando era prefeito, o aeroporto da cidade, causando acidente e a morte de um juiz que estava na aeronave
Agência GBNEWS/Amanda Barcellos
Quaquá disse na entrevista que iria estudar e trabalhar em Portugal mas que retornaria ao Brasil todos os meses
Em entrevista exclusiva ao portal GBNEWS.COM.BR e ao Jornal Gazeta Leste Fluminense, no último dia 18, Quaquá declarou que iria ficar um ano e meio em Portugal para estudar e trabalhar, mas que retornaria a Maricá todos os meses. O juiz da 2ª Vara Federal de Niterói aceitou o argumento de que Quaquá não tinha agido de má fé ao tentar sair do país, caso contrário não teria falado aos jornalistas Gilson Barcellos e Paulo Celestino sobre suas pretensões de deixar o Brasil e ainda dar o seu destino Lisboa, Portugal.
A notícia de que o presidente do PT fluminense e ex-prefeito de Maricá teria que usar tornozeleira eletrônica foi divulgada hoje (01), em primeira mão, por Marcelo Bessa no seu portal itaipuacusite, que o GBNEWS publica na íntegra, inclusive com o despacho do juiz.
Por Marcelo Bessa - O juiz da 2a Vara Federal de Niterói despachou no último dia 20, véspera do embarque do ex-prefeito de Maricá e atual presidente regional do PT, Washington Quaquá, para Portugal, decisão a pedido do MPF proibindo que o mesmo se ausente do país e de sua comarca jurisdicional. Imputou também ao réu a utilização de tornozeleira eletrônica, além da retenção de todos os seus passaportes válidos. O requerimento das medidas cautelares foi fundamentado em notícia recentemente publicada em dois sites locais referente à entrevista concedida por Quaquá a repórteres dos jornais Gazeta e GBnews de que deixaria o país no último dia 21 rumo a Portugal, onde pretendia permanecer por não menos de um ano e seis meses. De acordo com o MPF, o curso da ação vem sendo reiteradamente obstado pelo réu, dificultando sua citação por parte dos oficiais de justiça, visto que o mesmo nunca era encontrado no endereço fornecido. No dia 21, conforme havia anunciado, Quaquá tentou embarcar no Aeroporto Tom Jobim mas foi surpreendido por agentes da PF que o detiveram e apreenderam seu passaporte.
No entanto, no último dia 25, o réu entrou com recurso contra as medidas cautelares alegando que se ele quisesse fugir do país não teria noticiado sua viagem. Quaquá ainda informou mais um outro endereço localizado no Espraiado. Assim, o juiz decidiu acatar o recurso, parcialmente, substituindo a tornozeleira eletrônica pelo comparecimento quinzenal do réu ao Juízo, mantendo as demais cautelares.
DESPACHO DO JUIZ: