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A Secretaria de Estado de Polícia Civil deflagrou operação, na manhã dessa quinta-feira (17), para combater uma quadrilha acusada de estar envolvida com tráfico interestadual e internacional de drogas, para diversas regiões do país, entre elas Cabo Frio. A operação "Bad Family", até o início da tarde, já havia prendido 13 pessoas. As operações são realizadas no Rio de Janeiro e, simultaneamente, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul, para cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão.
O Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, foi um dos principais alvos da operação. No local, houve intensa troca de tiros e um suspeito morreu no confronto. Drogas foram apreendidas durante a ação na comunidade. De acordo com o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP, que comandou as operações no Rio, a investigação começou há cerca de um ano, aponta que uma mesma família, liderada pelo sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", atua no tráfico atacadista interestadual de drogas, armas e munições.
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Eles abastecem as principais comunidades da Região Metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Segundo a polícia, a família também é responsável pela distribuição de armamento de vários calibres. Por ser atuante no agronegócio, não despertava suspeitas do uso da propriedade, no Mato Grosso do Sul, como posto de intercâmbio de drogas entre o Brasil e o Paraguai.
As investigações demonstraram que Edson, um dos principais concorrentes do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Viga, o Marcelo Piloto, fornecia mensalmente às comunidades do Rio cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína, valores que ultrapassam R$ 200 milhões ao ano. Edson Ximenes já tinha sido preso em 2013 pela Polícia Federal (PF) e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Atualmente ele utiliza identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza e está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto. (Plantão dos Lagos)