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Inelegibilidade de Quaquá deixa sessão da Câmara de Maricá com clima de velório

A sessão ordinária desta quarta-feira (28), da Câmara de Vereadores de Maricá, se desenrolou em clima de velório, porque 13 dos 17 parlamentares tem como líder político o ex-prefeito Washington Quaquá (PT), condenado na noite de ontem (27) pelo TSE por 7 votos a zero. A sessão teve um tom mais acima com o pronunciamento do vereador que faz oposição ao governo petista, Ricardinho Netuno (Patriota)

fotos arquivos Agencia GBNEWS

Ricardinho Netuno espera que o prefeito Fabiano Horta não se transforme num fantoche de Quaquá

"Quaquá fez campanha fraudulenta para deputado federal, com dinheiro público. É um irresponsável e alguns vereadores ficam acobertando a impunidade. Ele fez campanha com interesse pessoal, usando a prefeitura, a máquina administrativa, enganando a população de Maricá", disse Netuno.

O patriota falou ainda que Quaquá sabia que ia perder a causa no TSE, mas mesmo assim, não permitiu que outros vereadores fossem candidatos a uma cadeira da Câmara Federal.

"Robson Dutra e Jorge Castor, vereadores licenciados porque estão no executivo, não puderam ser candidatos porque Quaquá queria concorrer sozinho na cidade. Perdeu na justiça, como estava previsto, e a partir de janeiro de 2019, Maricá não terá representante no Congresso Nacional. Espero que o prefeito Fabiano Horta (PT) não se misture mais e que está na hora de tomar postura para não se transformar num fantoche", finalizou Ricardinho Netuno mostrando documentos de que Washington Quaquá foi condenado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito em quatro dos trinta processos a que responde.

Outro adversário político da Quaquá, Chiquinho (PP), em seu pronunciamento disse apenas: "Deus tarda, mas não falha!"

No último ano da legislatura passada, Chiquinho era presidente da Câmara. Após 12 anos de PT, se desentendeu com Quaquá e deixou o partido se filiando ao PP. Três vereadores articularam sem sucesso a sua derrubada e Quaquá garantiu que iria acabar com a vida política dele. Chiquinho deu a resposta nas urnas sendo o vereador mais votado de Maricá.

Vereadores governistas em tom de decepção, num baixo astral como se estivessem num velório, disseram que Quaquá foi um excelente prefeito, que transformou a cidade de Maricá, que é um líder presidindo o PT-RJ e que foi alvo de injustiça. Não pouparam críticas aos ministros do TSE e que esta decisão deixa Maricá sem representantes na Câmara Federal e que a cidade perderá emendas parlamentares.

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Com a decisão do TSE, Washington Quaquá terá que devolver ao Fundo Partidário cerca de R$ 450 mil que teve direito para a campanha de deputado federal.

Esses mesmos vereadores até agora não votaram as contas de Quaquá quando era prefeito em 2016 e que foram rejeitadas pelo TCE-RJ. Eles acreditavam que o ex-prefeito iria reverter a situação no julgamento do recurso. E agora, os vereadores de Maricá vão tomar uma decisão política contrariando as decisões do TCE, TRE e TSE?

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Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, Maricá é o único governado por um prefeito filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

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