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Ex-procurador-geral de Justiça está preso na cadeia pública de Benfica

O ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, que ocupou o cargo por duas vezes entre 2009 e 2012, foi preso na tarde desta quinta-feira no Rio. Ele foi levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica

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Em outubro, quando novos trechos da delação de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), foram divulgados pela Supremo Tribunal Federal (STF), Cláudio Lopes foi citado como uma das pessoas supostamente beneficiadas num esquema de corrupção envolvendo a cúpula política do MDB no estado e empresários liderados por Cabral.

O documento, de 6 de março de 2018, está assinado pelo ministro Dias Toffoli, do STF. Miranda disse em sua delação que o ex-governador Sérgio Cabral fez pagamentos ilegais ao ex-procurador-geral de Justiça, Cláudio Soares Lopes.

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Carlos Miranda relata que, no fim de 2008, durante a campanha de Cláudio Lopes para procurador-geral, Wilson Carlos, então secretário de governo, e Sérgio Cabral, pediram que ele separasse R$ 300 mil para entregar a Cláudio Lopes. Miranda disse que tal valor deveria ser supostamente gasto na campanha para a eleição de Lopes.

O delator conta que os recursos solicitados foram separados e entregues a Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, um dos operadores financeiros do grupo do ex-governador, para entrega a Wilson Carlos, que ficou encarregado de entregar a Cláudio Lopes.

Claúdio Lopes tomou posse como procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro em janeiro de 2009, prometendo combater a corrupção.

Carlos Miranda contou na delação que mesmo depois de assumir o cargo, Claudio Lopes continuou a receber dinheiro do grupo do ex-governador Sérgio Cabral. Segundo Miranda, o procurador-geral recebia uma mesada.

Miranda afirmou ainda que depois da eleição de Cláudio Lopes, por volta de março ou abril de 2009, Wilson Carlos informou ao delator que deveriam ser pagos R$ 150 mil mensalmente a Cláudio Lopes, o que foi confirmado por Sérgio Cabral.

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