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MPF e PF investigam Prefeitura de Friburgo que troca secretário pela 32ª vez

Mudanças no secretariado acontecem em meio a

investigações do MPF e inquérito da Polícia Federal.

Prefeitura ainda não informou o substituto de Christiano Huguenin (MDB)

foto PMNF

A Prefeitura de Nova Friburgo, anunciou mais uma mudança no secretariado. Christiano Huguenin, que estava a frente da Casa Civil, entregou seu pedido de exoneração ao prefeito Renato Bravo (PP) nesta segunda-feira (22). O município não informou o motivo da saída, nem o nome do substituto.

Os secretários no atual governo já foram mudados pelo menos 32 vezes. Christiano Huguenin chegou a acumular a Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Trabalho e esteve à frente da Secretaria de Saúde entre dezembro de 2017 e setembro deste ano. Desde então, ele ocupava a Secretaria da Casa Civil e agora retorna à Câmara de Vereadores. Aylter Maguila (MDB), suplente de Christiano, era líder de governo na Câmara e deixa o legislativo.

Investigação

A mudança de cargos no município acontece em meio a investigação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) para apurar a contratação emergencial, sem licitação, da empresa Global Trade Indústria de Alimentação Ltda, que faz fornecimento de alimentos na cidade. O contrato foi assinado por Cristiano Huguenin.

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Um procedimento instaurado pelo MPF identificou indícios de diversas irregularidades nas contratações emergenciais da empresa no município. O MPF diz que a empresa recebeu R$ 164 mil e outros R$ 3,3 milhões para prestação de serviços em Nova Friburgo. Segundo o órgão, a empresa também foi contratada em 2017 pela Prefeitura, com dispensa de licitação, pelo valor de R$ 2,1 milhões, com acréscimo de R$ 733 mil no contrato.

No inquérito policial, o MPF afirma que serão investigados tanto os atos praticados pela atual gestão da Saúde em Nova Friburgo, até então liderada por Cristano Huguenin, como pela gestão passada, que foi afastada pela Justiça Federal no fim de 2017 por suspeita de atos ilícitos na área da Saúde.

Em paralelo às ações do MP, um grupo de vereadores apresentou em uma reunião no mês passado na Câmara um levantamento que aponta indícios de fraude em um processo de licitação publicado em junho de 2018 para a compra de equipamentos e materiais para o setor da Saúde.

O documento tem mais de 80 parágrafos e foi protocolado no Ministério Público. O relatório sugere um prejuízo de R$ 529.223,40 aos cofres públicos depois que manobras teriam sido feitas para que a empresa de interesse do município fosse a escolhida na concorrência pública. (fonte G1)

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