Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) declarou Anthony Garotinho (PRP) inelegível ao governo do Estado do Rio. Em julho, ele foi condenado pela 15ª Câmara Cível, do Tribunal de Justiça do Rio. Garotinho é acusado de desviar R$ 234,4 milhões da Secretaria Estadual de Saúde entre 2005 e 2006. Neste período, a mulher dele, Rosinha Garotinho, governava o estado. A decisão cassa os direitos políticos de Garotinho por oito anos. Ele, porém, poderá fazer campanha normalmente. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O procurador eleitoral Sidney Madrugada não utilizou, para impedir a candidatura de Garotinho, a condenação por formação de quadrilha de quatro anos e seis meses em regime semi-aberto, terça-feira (04), no Tribunal Regional Eleitoral da 2ª Região (TRF-2). Isso porque, como Garotinho ainda não teve a oportunidade de recorrer, poderia ser ferido o amplo direito de defesa.
Em nota, Garotinho foi taxativo: "Eu já imaginava o resultado porque as decisões do TRE têm sido políticas. Pelo menos, houve um mal menor: foi rejeitada a proposta do MP de proibir que eu faça campanha enquanto eu recorro ao TSE, o que farei nas próximas horas. A campanha continua firme, forte e vitoriosa".